Marcelo Negrão diz que soube há um mês do câncer de Pampa e fez mutirão
Integrante do time campeão olímpico de vôlei em 1992, em Barcelona, Marcelo Negrão disse que só soube da doença de Pampa - que morreu nesta sexta-feira (7) em decorrência de um linfoma - há aproximadamente um mês.
O que aconteceu
Em entrevista ao UOL, Negrão disse que foi avisado pela filha de Pampa sobre o câncer. O ex-jogador contou que ela pediu ajuda para transferir o pai, que estava em Campos dos Goytacazes (RJ), para um hospital em São Paulo, já que o local onde ele estava internado não teria a estrutura necessária para o tratamento.
Depois de ficar sabendo, Negrão avisou os colegas campeões em 1992 e houve uma mobilização. Pampa foi transferido via aérea para o hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, onde passou seus últimos dias.
Ficamos sabendo todos juntos, praticamente, quando a filha dele, um mês atrás, ligou pra mim e que ele estava passando por uma situação de saúde muito complicada e ele precisava de uma transferência urgente para um hospital em São Paulo, porque onde ele se encontrava não tinha os recursos necessários. E aí eu coloquei no nosso grupo de 92 e ali começou uma correria grande. Temos um outro grupo de jogadores olímpicos que eu faço parte - esse com todas as gerações de voleibol que você pode imaginar, desde 1960, milhares de jogadores, todo mundo do voleibol.
E aí todo mundo começou aquela comoção e precisava de um deslocamento, precisava de um avião, precisava de um transporte para o hospital, aqui tinha o Beneficência Portuguesa, onde ele acabou falecendo. Todo mundo se mobilizou e conseguimos trazer ele pra cá. E ele estava até agora nessa fase aí de tentar se recuperar, né.
Marcelo Negrão lamentou que Pampa não tenha avisado antes. O diagnóstico do linfoma de Hodgkin foi feito em janeiro, quando Pampa iniciou as sessões de quimioterapia. Em março, ele foi transferido para a UTI.
Negrão admitiu que não achava que a situação era tão grave. O ex-jogador opinou que nem mesmo a família achava que o quadro se agravaria em tão pouco tempo.
Ele não quis passar para ninguém o que ele estava passando. Se não me engano, ele descobriu um câncer e estava tentando fazer o tratamento e foi praticamente nas últimas que vieram falar para a gente o que estava acontecendo, qual que era a situação dele. Inclusive, falamos pra eles, pros familiares: 'Poxa, se vocês tivessem avisado antes, a gente tinha se mobilizado muito antes'. Mas eu acredito que ninguém achou que a coisa ia ser tão grave, acho que nem eles da família acharam que a coisa ia se tornar um quadro tão grave, né?
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