Dueto do nado artístico participa de evento com crianças já de olho em 2028
Fora dos Jogos de Paris, o dueto brasileiro do nado artístico já está de olho nas Olimpíadas de Los Angeles, em 2028. A classificação não veio desta vez, mas Gabriela Regly e a Laura Miccuci não baixaram a cabeça, pelo contrário, mantiveram o projeto e esperam colher os frutos no próximo ciclo.
"Disputar as Olimpíadas é o sonho de todo grande atleta profissional, mas eu acredito que tudo tem seu momento. Então agora é continuar batalhando, treinando muito pra conquistar mais medalhas e quem sabe a vaga pros Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles", explicou Gabi.
O processo passa por tentar popularizar ainda mais o nado artístico, modalidade dos esportes aquáticos que implica coreografias ensaiadas na piscina. Nesta quinta-feira (20), as duas estiveram no Beach Park, em Fortaleza, para "A Maior Aula de Natação do Mundo", um evento global dedicado à segurança na água.
"Participar de iniciativas como a do Beach Park, onde as crianças têm a oportunidade de aprender a nadar em um ambiente divertido e seguro, é uma experiência incrível. Essas atividades nos enchem de alegria e nos lembram do impacto positivo que podemos ter na vida dessas crianças", disse Gabi.
A atividade contou com a presença de cerca de 200 crianças de escolas e instituições de Aquiraz, no Ceará, junto com seus acompanhantes, com o objetivo de destacar a importância vital de ensinar as crianças a nadar, contribuindo significativamente para a prevenção de afogamentos.
"No clube onde treinamos, o nado começa a ser praticado a partir dos 5 anos, então nosso dia a dia é sempre rodeado por crianças! É muito gratificante ver o quanto elas se espelham na gente. Estamos sempre próximos, incentivando e ajudando-as a crescer e a não desistirem dos seus sonhos", afirmou Gabi.
Para Laura, esse tipo de evento, no qual as crianças recebem orientações sobre o esporte e dicas de segurança aquática dos professores de natação em uma área com 4 piscinas do parque aquático, acompanhadas de salva-vidas e equipes de monitores, apoio e animação, também pode contribuir para dar mais visibilidade ao nado artístico.
"Isso pode ser feito através de programas nas escolas, parcerias com clubes esportivos e campanhas que mostrem os benefícios do esporte. Também é importante realizar eventos e competições locais para atrair a comunidade e investir em piscinas e treinadores qualificados. Com mais divulgação e apoio, podemos inspirar as crianças a se interessarem pelo nado artístico e ajudá-las a se desenvolverem no esporte", comentou.
As duas levaram suas medalhas de bronze que conquistaram no Pan de Santiago, no ano passado. E tiraram muitas fotos com as crianças. "Agora estamos no final deste ciclo olímpico, reajustando nossa rotina e aguardando o fim das Olimpíadas para nos adaptarmos às novas regras do esporte, que mudam a cada quatro anos. Nosso objetivo é entrar nas piscinas cada vez mais fortes e preparadas para os desafios futuros. Estamos focadas em aprimorar nossas habilidades e técnicas para continuar evoluindo e representando bem o Brasil nas competições internacionais", afirmou Laura.
A dupla vai acompanhar de longe os Jogos de Paris, mas de olho nas futuras adversárias. "Acho que, em dueto, a Áustria está vindo bem forte, o que é surpreendente porque no nosso esporte não é fácil evoluir e melhorar a ponto de chegar a um pódio olímpico na velocidade que elas conseguiram. Eu admiro muito isso! E na prova por equipes, a minha favorita é a Espanha. Acredito que elas têm grandes chances de ganhar o ouro olímpico, pois estão com a melhor técnica do mundo", concluiu Gabi.
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