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Treinador de vôlei é condenado a 60 anos de prisão por estupro de atletas

andré testa Imagem: Reprodução/NSC TV

Do UOL, em São Paulo

25/06/2024 11h13

Um treinador de vôlei que atuava em um projeto social foi condenado por diversos crimes sexuais contra atletas adolescentes em Santa Catarina. As investigações começaram em 2022.

O que aconteceu

André Testa foi sentenciado a 60 anos de prisão em regime fechado, três anos e nove meses em regime aberto e 110 dias-multa. A decisão foi informada na noite da última segunda (24) pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que fez a denúncia à Justiça.

Ele recebeu quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, uma por estupro e outra por constrangimento ilegal. O técnico também foi sentenciado por induzir jovens sob sua autoridade ao uso de drogas e álcool.

André Testa treinava o Terra Firme, de São José (SC), e foi preso preventivamente em 2022 Imagem: Reprodução/NSC TV

O MPSC afirmou que o homem se aproveitava da sua posição e do sonho das vítimas de se tornarem atletas profissionais para manipulá-las, constrangê-las e estuprá-las. O técnico atuava em um projeto social, coordenado por uma entidade esportiva sem fins lucrativos, na cidade de São José.

O homem poderá recorrer em liberdade. Além de técnico no projeto, ele atuou como árbitro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

As condenações

  • Quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável
  • Uma por estupro
  • Uma por constrangimento ilegal
  • Fornecer, servir, ministrar e entregar bebida alcoólica para criança ou adolescente
  • Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento
  • Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga.

Relembre o caso

O treinador foi denunciado em 2022 por alguns adolescentes do projetocom idades entre 15 e 17 anos. Ele representava 11 adolescentes do sexo masculino e cinco do feminino que participavam do time de vôlei.

O homem teve sua prisão preventiva decretada durante as investigações. As denúncias incluíam crimes de importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo e constrangimento.

Segundo consta nos autos, ele se aproveitava da autoridade do cargo abusar de rapazes. Ele fazia brincadeiras de cunho sexual, induzia os adolescentes a tomarem bebidas alcoólicas para deixá-los vulneráveis e os levava para sua casa ou a um motel para cometer atos libidinosos e estupro. Além disso, ameaçava as vítimas de desligamento do projeto para conseguir o silêncio delas e permanecer impune.

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