Treinador de vôlei é condenado a 60 anos de prisão por estupro de atletas
Um treinador de vôlei que atuava em um projeto social foi condenado por diversos crimes sexuais contra atletas adolescentes em Santa Catarina. As investigações começaram em 2022.
O que aconteceu
André Testa foi sentenciado a 60 anos de prisão em regime fechado, três anos e nove meses em regime aberto e 110 dias-multa. A decisão foi informada na noite da última segunda (24) pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que fez a denúncia à Justiça.
Ele recebeu quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, uma por estupro e outra por constrangimento ilegal. O técnico também foi sentenciado por induzir jovens sob sua autoridade ao uso de drogas e álcool.
O MPSC afirmou que o homem se aproveitava da sua posição e do sonho das vítimas de se tornarem atletas profissionais para manipulá-las, constrangê-las e estuprá-las. O técnico atuava em um projeto social, coordenado por uma entidade esportiva sem fins lucrativos, na cidade de São José.
O homem poderá recorrer em liberdade. Além de técnico no projeto, ele atuou como árbitro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
As condenações
- Quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável
- Uma por estupro
- Uma por constrangimento ilegal
- Fornecer, servir, ministrar e entregar bebida alcoólica para criança ou adolescente
- Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento
- Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga.
Relembre o caso
O treinador foi denunciado em 2022 por alguns adolescentes do projeto — com idades entre 15 e 17 anos. Ele representava 11 adolescentes do sexo masculino e cinco do feminino que participavam do time de vôlei.
O homem teve sua prisão preventiva decretada durante as investigações. As denúncias incluíam crimes de importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo e constrangimento.
Segundo consta nos autos, ele se aproveitava da autoridade do cargo abusar de rapazes. Ele fazia brincadeiras de cunho sexual, induzia os adolescentes a tomarem bebidas alcoólicas para deixá-los vulneráveis e os levava para sua casa ou a um motel para cometer atos libidinosos e estupro. Além disso, ameaçava as vítimas de desligamento do projeto para conseguir o silêncio delas e permanecer impune.
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