'A jornada do atleta é uma construção contínua', diz André Heller

A cada quatro anos, o esporte brasileiro dá início a um novo ciclo olímpico. No período, atletas e comissões técnicas se preparam para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com o sonho de trazer uma medalha para o país. Na última quarta-feira (31), a Casa UOL Esporte recebeu o multicampeão do vôlei André Heller, a atleta de paraesgrima Rayssa Veras e Alessandra Teixeira, gerente de patrocínios da Petrobras, para falar sobre os bastidores desse período sob o olhar de atletas e patrocinadores.

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Imagem: Marcela Sanches / Flashbang

"Um ciclo olímpico, obviamente, compreende quatro anos, mas a jornada de um atleta é uma construção contínua", comentou Heller. "O ciclo, a preparação de um atleta, ela é muito complexa, envolve muitos fatores, alguns controláveis, outros tantos não controláveis. No que diz respeito ao desempenho, a preparação, que são fatores que nós dizemos que são fatores controláveis e que estão no escopo do trabalho diretamente envolvido de um atleta."

Essencial, a relação entre atleta e patrocinadores também tem papel importante durante o os quatro anos entre Olimpíadas, como bem lembra Alessandra. "[A Petrobras] acompanha ao longo do ciclo, desde o momento que os atletas começam a integrar o [Time Petrobras, que levou 44 atletas e paratletas para Paris]. A gente acompanha os desempenhos, as competições que eles vêm participando.

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Imagem: Marcela Sanches / Flashbang

"Para além do momento de agora, a Olimpíada, que é o momento que estão todos os holofotes, a gente tem essa caminhada junto com o atleta, desde quando ele ingressa no time e vai treinando e vai participando das competições, tendo seus resultados?", seguiu Alessandra. "A gente vai acompanhando esse crescimento, entendendo que estar em Paris hoje [já] é um bom resultado, mas o atleta do nosso time, independente dele estar ou não em Paris, ele é parte do nosso time. A gente segue tendo esse olhar, entendendo que o propósito é esse, é acompanhar, é ver o crescimento, é acompanhar essa estratégia [de crescimento]."

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Imagem: Marcela Sanches / Flashbang

"Isso já vai me ajudando muito a traçar um caminho que é mais confortável", seguiu a esgrimista. "E com as adversidades, mesmo tendo ido para as três finais, ao longo do trajeto tem percalços, você comete erros. Então, como que eu vou adaptar a minha reação para conseguir corrigir isso o mais rápido possível e não me frustrar tanto para não tomar tantos pontos de forma seguida? A gente tem essa questão que é, vamos pensar no próximo toque. Se você tomou o toque, como que você não toma ele de novo? E nisso a gente vai corrigindo e vai seguindo e encontrando o caminho que funciona."

"Nenhuma ação, nenhum tipo de treino pode ser sem propósito, sem estratégia", complementa Heller. "A gente precisa entender qual é a melhor estratégia, qual o melhor treino, qual o melhor processo de preparação, porque, no final das contas, o que o atleta vai apresentar em uma competição, independentemente do tamanho da competição, (...) nós temos que entender qual o melhor processo de preparação ou qual a melhor estratégia para de fato chegar na competição e conseguir reproduzir aquilo que você treinou."

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PARTICIPE

Os painéis da Casa UOL Esporte acontecem de segunda a quinta-feira, às 18. As ativações na Octavio House, em São Paulo e têm entrada gratuita.

Onde: Octavio House, Av. Brig. Faria Lima, 2996.

Quando: de 27 de julho a 11 de agosto.

Entrada gratuita

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