Primeira mulher trans nas Paralimpíadas: 'Não tenho nada a temer'

A italiana Valentina Petrillo, de 50 anos, será a primeira mulher trans a competir na história das Paralimpíadas.

Pouco a pouco, compreendi que, infelizmente, é preciso viver com a inveja e o ciúme das pessoas, mas, falando por mim, tenho consciência de que o que faço é real e, por isso, não tenho nada a temer
Valentina Petrillo, em entrevista ao jornal espanhol Relevo

O que aconteceu

Valentina vai disputar as provas dos 200 metros e 400 metros na categoria T12, para atletas com deficiência visual.

Valentina Petrillo -Fabrizio até 2019—nasceu em Nápoles em 1973 e iniciou a transição de gênero em 2018, aos 45 anos.

Ela se tornou a primeira mulher trans a participar do Campeonato Paralímpico de atletismo da Itália, em 2020, mas a Federação italiana excluiu a sua participação nas Paralimpíadas de Tóquio.

As Paralimpíadas de Paris começam no dia 28 de agosto, quarta-feira, e vão até 8 de setembro, um domingo.

O que mais ela disse

Modelo inspirador. "Estou consciente do valor social e cultural da minha presença em Paris 2024. Farei o meu melhor para estar à altura da situação e conseguir um resultado esportivo com algum valor competitivo. Há uma comunidade que me apoia e me admira, mas mesmo aqueles que não são do mundo LGTBIQ+ estão a torcer por mim, porque me veem como um modelo inspirador".

Carinho dos torcedores. "Sinceramente, mal posso esperar para estar em Paris e correr naquela bela pista. Acho que haverá muito mais carinho por mim do que posso imaginar".

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Importância do esporte. "É justo que cada um de nós se possa expressar no seu próprio género. O esporte deve nos ensinar o valor da inclusão e isso é fundamental para a felicidade das pessoas".

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