Porta-voz de site adulto explica entrada no futebol: 'Qual o problema?'
Porta-voz da Fatal Model, Nina Sag explicou por que o site de acompanhantes decidiu aderir ao universo esportivo. Ao Alt Tabet, do Canal UOL, ela contou que a estratégia foi montada para atingir um grande público como forma de promover a marca e, nesse sentido, nada melhor que o futebol, uma das paixões do brasileiro.
Sag frisou que a decisão de patrocinar o futebol se deu de forma gradual. "Primeiro patrocinamos jogos específicos em 2022. Em 2023, a gente conseguiu fechar com o Vitória um contrato maior, mas essa entrada não é simples porque ali é [um espaço da] família tradicional e é um tipo de negócio que as pessoas não estão acostumadas a ver na mídia dessa forma".
A porta-voz admite que há muita hipocrisia na sociedade, mas destacou que os anúncios da marca não são acompanhados por imagens com apelo sexual. "As pessoas só veem um nome. Ninguém vai ver o nome Fatal e uma menina de biquíni ou em posição sensualizada ao lado da marca, porque não estamos falando de sexo. [Somos uma plataforma de] anúncio, existe um mercado que é ignorado e estamos dando visibilidade. É um mercado que gera muito, então qual é o problema da gente falar disso na sociedade?".
Nina afirmou que as ações "têm o propósito de fazer a sociedade discutir o tema" e debater a regularização da profissão. "A profissão é listada como atividade profissional, mas não é regulamentada e precisa ser regulamentada para que todos os profissionais do sexo tenham direitos garantidos. A gente só está trazendo visibilidade para uma coisa que acontece há muito tempo. Então qual o problema de você ver uma marca de conteúdo adulto associada ao futebol? Não tem problema nisso".
Ela foi de esposa tradicional ao rosto da Fatal: 'Uni o útil ao agradável'
Sag disse que aderiu à prostituição em 2016, após o fim do casamento e de ter largado a carreira de redatora. "Eu era a típica mulher tradicional, que tinha uma rotina de levar filha na escola, trabalhava outra metade do turno, cuidava do marido. Após a separação, já tinha deixado a escola e tentava empreender. Um ano depois da separação, meu pequeno negócio, que era feito dentro de casa, só dava para pagar as contas, e [pensei]: 'Não é isso que quero para minha vida financeira, não é esse estilo de vida que quero ter'".
Nina explicou que pensou em seus atributos, naquilo que ela era boa e o sexo surgiu como uma forma de lucrar. "Pensei na situação financeira que estava ruim, pensei em tudo que eu poderia fazer bem feito e que eu poderia gostar do que fazia, aí me veio a ideia de monetizar o sexo. Meu pensamento na hora foi recriminatório: 'não, isso não dá para fazer'. E eu venho de uma família tradicional. Passei seis meses pesquisando o mercado adulto até eu ter coragem de entrar e unir o útil ao agradável: precisava de grana e gosto de sexo".
Ex-acompanhante comenta 'etiquetas' da profissão
Brochada na cama não gera desconto, mas Nina garante que aliviou a conta em seu primeiro programa após o homem "falhar". "Foi a única vez que fiz isso. Foi totalmente desastroso, caótico, na hora fiquei com dó dele. Era meu primeiro atendimento, achei que ia chegar, tirar a roupa, pronto... E ele realmente brochou, eu pensei: 'Tadinho, ele só brochou, não fez nada, fica por R$ 150'. Eu vi no rosto dele a decepção, ele entender que eu dei desconto porque brochou".
Sem desconto, mas parcelado na maquininha. "Já tive cliente que queria dividir... A gente leva uma maquinha, mas hoje em dia a maioria paga por Pix. Os casados pagam em dinheiro porque às vezes tem conta conjunta com a esposa e não quer que ela desconfie".
Nem todas as acompanhantes beijam, mas há algumas que não tem problema, garantiu Sag. "Acompanhante que beija na boca é o profissional que não filtra quem vai atender... Mas não é a maioria".
Alt Tabet no UOL
Toda quarta, Antonio Tabet conversa com personagens importantes da política, esporte e entretenimento. Os episódios completos ficam disponíveis no Canal UOL e no Youtube do UOL. Assista à entrevista completa com Nina Sag:
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