Djokovic falha demais e tomba diante de Popyrin na 3ª rodada do US Open

Para Djokovic, 2024 será a primeira temporada sem um título de slam desde 2017, ano em que sofreu uma lesão no cotovelo e precisou passar por uma cirurgia. Nole voltou a conquistar um slam em Wimbledon/2018 e, desde então, venceu pelo menos um grande torneio por ano.

No US Open, Djokovic não era eliminado tão cedo desde 2006, quando ainda era o número 26 do mundo e foi superado pelo ex-número 1 do ranking Lleyton Hewitt - também um australiano - na terceira rodada.

Queda no ranking

Como conquistou o título do US Open no ano passado, Djokovic chegou a Nova York precisando defender 2 mil pontos e somou apenas 100. Assim, perderá 1.900 e cairá pelo menos duas posições no ranking, indo parar no quarto posto. Nole será certamente ultrapassado por Carlos Alcaraz e Alexander Zverev e ainda pode perder mais um posto para Daniil Medvedev, Andrey Rublev, Casper Ruud ou Grigor Dimitrov.

Como aconteceu

O set inicial teve dois momentos-chave. O primeiro deles foi no sexto game, quando Popyrin precisou sacar em 0/40 e salvou cinco break points - sempre buscando o ataque e forçando erros de Djokovic. O segundo veio no nono game, com o veterano no saque. O australiano ganha o primeiro ponto ao chegar em uma curtinha e, depois de um outro winner de direita e um erro de Djokovic, conseguiu seu primeiro break point. Popyrin não desperdiçou e, com um bom lob, forçou outra falha de Nole e abriu 5/4. Na sequência, confirmou seu saque e fechou o set em 6/4.

O segundo set foi parecido com o primeiro. Popyrin continuava com bom aproveitamento de primeiro serviço, sem dar muitas chances a Djokovic. O jogo seguiu parelho, mas bastou um game ruim de Nole com o saque para o australiano fazer a diferença. Foi o que aconteceu no quinto game. Nole se viu sacando em 0/40 e salvou dois break points, mas errou uma direita na tentativa de devolver um slice curto do oponente e cedeu a quebra. Popyrin abriu 4/2 em seguida, e o máximo que Djokovic conseguiu foi levar o oitavo game a "iguais", mas o australiano jogou dois belos pontos na sequência e manteve seu serviço. No décimo game, Alexei sacou com confiança e fez mais um 6/4.

O terceiro set começou com Djokovic quebrando o saque de Popyrin, o que restaurou parte da confiança do sérvio. Nole vibrou como não vinha fazendo e abriu 3/0 na parcial. No entanto, o veterano voltou a vacilar no quinto game. Cometeu duas duplas faltas e, depois de salvar um break point, errou uma direita e uma esquerda seguidas, cedendo mais uma quebra. Popyrin teve a chance de igualar o jogo, mas desperdiçou. Cometeu duas duplas faltas e também perdeu o saque no sexto game. Nole abriu 4/2 e viu um Popyrin afobado cometer mais e mais erros. Djokovic anotou mais uma quebra, fez 6/2 e forçou o quarto set.

À medida em que a partida se alongava, Djokovic parecia mais consistente, enquanto Popyrin já não ganhava pontos com tanta facilidade em seus games de serviço. Além disso, o australiano tentava decidir os pontos com rapidez e acabava exagerando no ataque e cometendo mais erros. A dinâmica favorecia o veterano, mas foi Popyrin quem conseguiu a primeira quebra do set. No quinto ame, depois de Nole salvar três break points, cometeu uma dupla falta e viu Alexei disparar uma direita indefensável para converter o quarto break point.

Nole teve a chance de empatar o jogo no sexto game, mas Popyrin salvou dois break points com uma passada de direita e um ace. Depois pontos depois, fez outro saque indefensável e abriu 4/2. No sétimo game, Djokovic cometeu mais três duplas faltas e, quando errou uma direita, aumentou a vantagem de Popyrin, que só precisava sacar para fechar o jogo na sequência.

O jogo ainda teve uma pitada de drama. Popyrin cometeu seguidos erros e viu Nole converter o quarto break point do game para diminuir a vantagem. Pouco depois, o veterano confirmou o serviço e encostou no placar. Alexei, contudo, ainda tinha a chance de fechar a partida com seu saque.

E agora?

Classificado para as oitavas de final, Alexei Popyrin vai enfrentar o americano Frances Tiafoe (#20), que bateu o compatriota Ben Shelton (#13) em cinco sets: 4/6, 7/5, 6/7(5), 6/4 e 6/3. O australiano e Tiafoe nunca se enfrentaram no circuito mundial.