Médicos seguem o Sertões e atendem mais de 2,5 mil pacientes da fila do SUS
Médicos voluntários da SAS Brasil acompanham a rota do Rally do Sertões — 23 a 31 de agosto — e atendem pacientes que estão na fila do SUS.
Mais de 2,5 mil pacientes atendidos
Mais de 2,5 mil pacientes foram atendidos e quase 12 mil atendimentos [consultas, exames e procedimentos] foram realizados durante o período. Na última sexta-feira (30), as duas carretas com unidades móveis onde acontecem os atendimentos estavam em Formosa (GO), cidade em que foram disputadas a 6ª e a 7ª etapas do Rally do Sertões.
Médicos da SAS atenderam diversas especialidades. Foram elas: oftalmopediatria, dermatologia, cardiologia, neurologia, alergologia, pediatria e ginecologia. Atendimentos psicológicos também foram realizados.
A oftalmopediatria foi um dos principais focos. A organização realizou exames de vista em crianças e disponibilizou armações de óculos gratuitas para aquelas que foram diagnosticadas com problemas na vista.
O propósito é aliviar a fila do SUS. Antes de chegar às cidades, representantes da SAS entraram em contato com a Secretaria de Saúde local para buscar informações quanto às necessidades. Os pacientes atendidos precisaram realizar agendamento.
Os atendimentos passaram por quatro cidades durante o Rally do Sertões em 2024. A ação começou em Brasília (DF) e passou por Santa Maria da Vitória (BA) e Formosa (GO). Cavalcante (GO) foi a única cidade fora da rota da competição que também teve atendimentos.
Pelo menos 70 voluntários participaram do mutirão de atendimentos. Além de membros fixos da equipe, a SAS Brasil contou com a ajuda de médicos das cidades por onde passou e de alunos de universidades de medicina.
História e dificuldades
O voluntariado da SAS Brasil começou em 2013, justamente no Rally do Sertões. Desde então, a organização acompanha a rota da competição em todas as edições.
Hoje, a SAS Brasil não atua somente no Rally do Sertões. Além das carretas na competição, o projeto tem duas unidades se locomovendo pelo país e cinco fixas de telemedicina avançada [uma em Goiás e quatro no Ceará].
A organização encontra dificuldades. Entre elas, as principais são a busca por especialistas para alguns atendimentos e a sequência do acompanhamento do paciente.
A maior dificuldade hoje é captar especialistas. Tem muitas cidades que precisam de alguma especialidade que a gente, infelizmente, não consegue captar para atender. Isso é muito ruim, mas, quando a gente já está na ação, a nossa maior dificuldade é fazer um acompanhamento contínuo juntamente com a Secretaria de Saúde. Existem cidades que não têm um hospital de direcionamento, um hospital central para a gente encaminhar os pacientes para, caso precise fazer alguma especialidade. Ana Beatriz Leite, coordenadora médica da SAS Brasil
*O repórter viaja a convite do Rally do Sertões
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