UFC: Durinho adota estilo 'Gladiador' por cinturão no final da carreira

Aos 38 anos e já em reta final de carreira, como ele mesmo admite, Gilbert "Durinho" Burns sabe que a luta deste sábado (7), pelo UFC Vegas 97, contra o norte-americano Sean Brady, é primordial para que ele ganhe o direito de brigar novamente pelo cinturão. Ele teve uma chance em fevereiro de 2021, mas acabou derrotado por Kamaru Usman.

Eu estou feliz com minha carreira, mas não estou satisfeito. Estou com muita vontade de ganhar o cinturão. Acredito que é possível, que está chegando, e sábado é uma confirmação do que eu estou pensando. Indo lá e ganhando do jeito que eu vou ganhar, bem, dominante, nocauteando-o, acho que vai me colocar muito perto de uma luta para disputar o cinturão

No UFC desde 2014, "Durinho" vem de duas derrotas consecutivas, algo inédito em sua carreira. Ele perdeu para Belal Muhammad no UFC 288, após sentir uma lesão no ombro, e para Jack Della Maddalena, no UFC 299, depois de ser nocauteado com uma joelhada.

Agora, o lutador brasileiro sabe que não tem mais tantas lutas pela frente, mas espera continuar dando show no octógono para fechar o ciclo na principal organização de MMA do mundo sendo conhecido como 'o cara que luta contra qualquer um'.

Estou com 38 anos, sei que não tenho mais 15, dez lutas. Tenho mais algumas, boas lutas pra fazer, e um cinturão pra ganhar. Como sei que está acabando, quero aproveitar ao máximo (...) Acredito que ainda tenho lenha pra queimar para pegar esse cinturão, e esse é o meu plano: ser campeão dessa categoria, ser conhecido como o cara que luta contra qualquer um

O que mais ele disse

O que faz antes do combate. "Tenho o meu momento de louvor de manhã, de ler a bíblia aqui, de fazer meu estudo bíblico. Tenho meu momento spiritual, de orar e de ouvir meus pensamentos. Eu gosto de ver o que eu tô pensando, o que tá acontecendo, sabe?".

As cinco 'adrenas' antes da luta. "O nervoso pra mim começa a bater quando eu tô chegando na arena, bate uma "adrena". Durante a semana não bate nada. A primeira "adrena" é na encarada, que eu me amarro. A segunda é quando eu entro na arena. Aí quando o juiz chega e fala "vou ser o juiz da sua luta" também bate uma "adrena". Quando começo a fazer a mão ali na bandagem dá outra "adrena", e a última é quando falam "dois minutos, se prepara". Então são cinco "adrenas" que batem que eu já sei que elas vão vir: encarada, chegando na arena, juiz, quando faço a mão e quando estou saindo para a luta".

Duas derrotas seguidas. "Até agora não atrapalhou, me deu é maior vontade de ganhar. Atrapalhou nos números. Mas uma luta eu me machuquei, acontece, ninguém tem culpa ali. E a outra luta eu estava mandando bem pra caramba até dar um vacilozinho, dei de cara com aquele joelhão, ele me deu uma joelhada boa, no tempo bom. Eu tive alguns erros na luta, mas esse foi o erro principal que me custou a luta. Mas de 15 minutos, eu lutei bem 14 minutos, então estou bem motivado para ganhar essa luta".

Altos e baixos. "Estou muito feliz com toda a minha jornada, com todos os momentos de altos e baixos. Me forjou, sabe? Eu sou quem eu sou por causa desses treinamentos duros, das vitórias, das derrotas, então estou feliz com minha jornada. Não estou satisfeito".

Sobre Sean Brady. "Ele é um cara duro, que só tem uma derrota, mas também não lutou com tantos caras ranqueados. Dois caras ranqueados que ele lutou foi o Michael Chiesa, que foi uma luta dura, e o outro foi o Belal Muhammad, que ele acabou perdendo. E putz, eu estou lutando só com monstro pelo menos nas últimas dez lutas, então o nível está mais alto".