Verstappen é punido por palavrões e prestará 'serviço de interesse público'
O holandês Max Verstappen teve que se explicar aos comissários da Fórmula 1, não convenceu, e levou uma punição por usar palavrões durante a coletiva de imprensa do GP de Singapura, na última quinta-feira. A entrevista aconteceu logo depois que o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Mohamad ben Sulayem, declarou que a entidade queria trabalhar com os detentores dos direitos comerciais da F1 para que menos palavrões fossem usados nas transmissões.
Verstappen usou um mesmo palavrão duas vezes na coletiva. Primeiro, quando descrevia o comportamento de seu carro na última corrida. Depois, quando respondia justamente a uma pergunta sobre a proposta de ben Sulayem. Nesta sexta-feira, ele foi chamado a se explicar e disse que está acostumado a usar esse tipo de linguagem e o termo utilizado por ele não seria considerado ofensivo em sua língua materna, o holandês.
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Os comissários disseram entender o ponto de vista de Verstappen, mas consideraram que os pilotos têm de se preocupar com a maneira como se expressam de maneira pública, "particularmente quando a pessoa não está sob qualquer tipo de pressão".
Havia a chance de aplicar uma multa a Verstappen, mas os comissários decidiram que o comportamento tinha sido mais grave e ordenaram que ele preste serviços de interesse público. Não está claro que tipo de serviços seriam esses. No passado, quando Verstappen brigou com Esteban Ocon logo após o GP do Brasil de 2018, ele recebeu uma punição semelhante e a cumpriu acompanhando o GP de Marrakesh da Fórmula E junto com a direção da prova.
Perguntado sobre a situação, o chefe da Ferrari, Fred Vasseur, que já recebeu um aviso oficial por conta de palavrões que disse em uma coletiva de imprensa, disse que é importante diferenciar o que os pilotos dizem fora dos carros e enquanto estão no calor do momento.
"Acredito que temos que diferenciar a linguagem que é usada durante a corrida. Somos um esporte diferente, você não tem um microfone dentro do campo de futebol, e acho que, a 350km/h, a linguagem que eles usam é a menor da preocupação deles."
Esse ponto foi repetido por outros pilotos. Lando Norris, Sergio Perez e outros disseram que muitas vezes é difícil pensar em cada palavra que está sendo dita no carro. A transmissão desses rádios já é feita de maneira atrasada justamente para que os palavrões sejam censurados. No entanto, atualmente a F1 tem um aplicativo próprio que transmite os rádios ao vivo.
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