A vida 'secreta' de Arnaldo como guru financeiro: 'Porrada monstra na vida'
Você deve saber que Arnaldo Cezar Coelho foi o primeiro árbitro brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo. O ano era 1982 e a Seleção Brasileira perdia para a Itália na Copa da Espanha. Com um trabalho na TV marcado pelas suas transmissões ao lado de Galvão Bueno, Arnaldo é muito mais que um ex-juiz e comentarista de TV: é um guru financeiro.
Três anos após a derrota do Brasil, em 1985, ele fundou a Liquidez, uma corretora de valores que chegou a ser considerada a maior do Brasil. Ele tem mais de 40 anos de experiência no mercado financeiro, onde começou a atuar como agente financeiro e chegou até a diretor.
Entre investimentos
Sua trajetória começou por ser um jovem ambicioso: ainda na década de 1960 ele queria comprar um apartamento. Sua mãe o ensinou a escolher, mas para fazer o pagamento, que contava com grandes parcelas semestrais, ele precisava aprender a guardar dinheiro.
Seu irmão, que trabalhava no pregão no Rio de Janeiro - também envolvido no mercado financeiro - viu uma propaganda do Banco Safra sobre investir e sacar a cada seis meses. Com a indicação dele, Arnaldo foi atrás para investir em letras de câmbio - o que hoje seria dinheiro de financiamento. Aliás, vale citar que o irmão, Ronaldo Cezar Coelho, é figurinha constante na lista de bilionários da Forbes.
O jeito descontraído e habilidoso de Arnaldo para falar rendeu mais do que um investimento: ele foi convidado a trabalhar no Safra pelo gerente. Arnaldo queria ter feito faculdade de economia, mas não passou no vestibular e fez Educação Física. O destino queria ele entre os números.
"Não sabia nada de matemática. Fui aprender a vender letra de câmbio e comecei a trabalhar no mercado financeiro. Virei dono de instituição. Graças a Deus dei uma porrada monstra na vida", disse em entrevista ao UOL em 2019.
Seu próprio negócio
Em entrevistas, Arnaldo já disse que não sabia fazer tudo, mas sabia contratar e perguntar para especialistas. Foi assim, que em 1985, criou a Liquidez. Por conta de sua visibilidade na Globo, conheceu mais pessoas, o que o levou a mais clientes e fez o negócio crescer.
"A visibilidade que o futebol me deu ajudou nos negócios. Foi uma fábula, realmente. Eu ia em um banco em São Paulo e o presidente me conhecia. Eu ia para os Estados Unidos e prospectava clientes nos bancos. Peguei a minha corretora e transformei na segunda colocada da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros)", disse ele ainda ao UOL.
Hoje a Liquidez não existe mais. Foi vendida em 2009 para o grupo financeiro britânico BGC Partners por cerca de R$ 500 milhões. Mas se você quiser a ajuda do Arnaldo para fazer investimento, é capaz de dar uma ajudinha.
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