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Pantoja adota skin 'de Elvis' e cita surpresa com rival por cinturão do UFC

"Quero dar um grande show para todo mundo", disse lutador antes da luta com Kai Asakura Imagem: Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

07/12/2024 05h30

Campeão do peso mosca, o brasileiro Alexandre Pantoja defenderá seu cinturão pela terceira vez com um adversário considerado por ele próprio como uma surpresa: trata-se do japonês Kai Asakura, que fará sua estreia no UFC 310. O duelo, marcado para a noite deste sábado (7), faz parte do card principal do evento na T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA).

Um campeão na skin Elvis Presley

Pantoja tem boas lembranças do palco de sua próxima luta: no ano passado, ele superou Brandon Royval e manteve seu atual cinturão pela primeira vez.

Ele, inclusive, brincou ao UOL sobre o fato de estar se sentindo "meio Elvis Presley" — uma referência ao cantor, que marcou raízes na cidade e protagonizou mais de 800 shows na região.

Las Vegas é palco dos grandes eventos. Eu estou até brincando e falando que estou me sentindo meio Elvis Presley. Vou fazer a minha noite em Las Vegas. Quero dar um grande show para todo mundo. Viver tudo isso é muito bom e muito satisfatório.
Pantoja, ao UOL

Veja mais declarações de Pantoja

Surpresa com japonês. "Quando acaba a minha luta ali com o [Steve] Erceg, eu começo a olhar para o resto da divisão e analisar qual será o meu próximo adversário. E aí vem essa surpresa do UFC, que trouxe um campeão da Ásia. Ele é um adversário que me alegra porque é sangue novo na divisão e que traz muitos bons atributos. Ele luta no estilo plástico, tem um entretenimento ali: é joelhada, cotovelada... Eu estava esperando um estilo diferente: você tem o [Brandon] Moreno, o [Amir] Albazi..."

Alexandre Pantoja defende seu cinturão do UFC contra Kai Asakura, do Japão Imagem: Jeff Bottari/Getty

Características de Asakura. "Ele é muito experiente nos socos e, até então, estava na categoria de cima. Sei que eu vou enfrentar alguém mais pesado, mas a gente está fazendo um trabalho todo em cima de todas essas estratégias. Ele tem aquela joelhada ali que pode me trazer um certo perigo. Ele é um bom striker [bom na luta em pé], e eu sou um bom grappler [bom na luta agarrada]. Eu quero mostrar muito o meu MMA e o que venho fazendo nas últimas lutas. Soca, bota para baixo, agride... Se o cara der mole, vai ser finalizado."

Como é ser o alvo a ser batido? "O fato de meus oponentes estarem vindo disputar o cinturão amplia tudo isso. Eu, quando tive essa oportunidade, fui muito treinado. Todos os meus próximos adversários vão vir muito bem preparados. É uma coisa que me faz treinar ainda mais. Meus últimos três adversários foram um australiano, um mexicano e um americano, agora eu tenho um japonês, então é uma grande oportunidade. Por outro lado, como campeão, é um pouco mais fácil porque eu só tenho que bater o meu próximo adversário. Quando eu estava na disputa, via vários outros lutadores. Agora, é só focar no meu próximo adversário."

Demetrious Johnson já faturou cinturão do peso-mosca no UFC Imagem: Foto: ONE

Próximo adversário. "Eu respeito muito todos os lutadores, tem um ranking ali e tudo mais, mas se a oportunidade de lutar contra o Demetrious Johnson fosse real... Agora ele é um cara que não faz parte mais de nenhuma outra organização, então eu acredito que ele possa assinar com quem quiser. Faria total sentido a volta do Johnson para o UFC."

Como será o Pantoja daqui 15 anos? "Quero estar sendo avô, tendo o meu sítio por aí, quietinho, eu e minha esposa... Como lazer é isso, mas também quero dar muita coisa de volta. Eu tenho muita vontade de voltar em Arraial do Cabo e montar um projeto decente para as crianças, algo que não é do parâmetro do Brasil. Depois que a gente começa a ganhar o mundo, vê as coisas como são, vê o quanto de imposto a gente paga e não ter esses atributos onde deveriam estar. E aqui nos EUA, em um país de primeiro mundo, você vê que tem dinheiro para fazer as coisas. As coisas só não acontecem porque não querem."

Flamenguista torcendo para o Botafogo. "É óbvio que eu vou torcer para o Botafogo ganhar [o Brasileirão]. Eu sempre vou torcer para o Flamengo, e se o Flamengo não pode vencer, que seja um time do Rio. Se o time do Rio não puder, que seja um time do Brasil. E por aí vai. Eu acompanho o futebol, e o Botafogo tem feito um futebol muito bonito. Eles têm um time maneiro. É legal ver o Botafogo jogar."

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