Rayssa dá show e vence tri inédito do Super Crown com Ibirapuera lotado

Rayssa Leal não cansa de ser campeã. Neste domingo (15), no ginásio Ibirapuera lotado, em São Paulo, a Fadinha deu show nas manobras finais e superou quatro japonesas e uma australiana para conquistar o tricampeonato inédito — e consecutivo — do Super Crown, a grande decisão da Liga Mundial de Skate Street (SLS).

Com 100% de aproveitamento no Super Crown desde que a prova veio para o Brasil, Rayssa deixou a compatriota Pâmela Rosa para trás e virou a primeira mulher tricampeã. Ela agora mira o norte-americano Najah Houston, que tem cinco troféus e é o maior vencedor da competição. Ele, inclusive, pode aumentar a marca ainda neste domingo (15), já que está na final masculina.

Eu não tenho palavras suficientes. Tudo isso que aconteceu hoje vale bem mais do que esse troféu. É uma reviravolta, eu errei as duas primeiras manobras, estava nervosa, não vou mentir. E hoje vocês viram a realidade do skate, a amizade, a família.
Rayssa Leal, em entrevista à TV Globo

O que aconteceu

Rayssa conseguiu a virada em sua última manobra, somou 35,4 e ficou com a primeira colocação. A atual campeã olímpica, Coco Yoshizawa, do Japão, foi prata, com 35,2, e a compatriota Yumeka Oda ficou com o bronze, com 33,7.

Nada de rivalidade. Apesar da torcida gigantesca para Rayssa Leal, as japonesas e a australiana contaram com apoio do público desde o início da prova, arrancando muitos aplausos após cada apresentação. Mais de 8 mil pessoas marcaram presença no ginásio do Ibirapuera.

Rayssa chega ao tricampeonato inédito e consecutivo do Super Crown, superando a compatriota Pâmela Rosa, que tem dois.

Ela ainda alcança o 12º título da SLS na carreira e ao terceiro na temporada. Ela já havia conquistado as etapas da Califórnia (EUA) e de Tóquio (JAP) em 2024.

Além do troféu, a brasileira garante US$ 100 mil a mais na conta (cerca de R$ 600 mil), a maior premiação do skate na atualidade. A temporada contou com premiação recorde de US$ 1,8 milhão (R$ 10,8 milhões).

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A Fadinha entrou direto na final, sem passar pela classificatória no sábado (14), por chegar ao evento entre as três melhores do ranking da temporada — era segunda colocada. Na decisão, ela enfrentou quatro japonesas, duas delas campeãs olímpicas, e a australiana Chloe Covell.

Como foi a prova

A Fadinha já abriu a sua participação 'on fire', com uma nota 8,2, a melhor entre as seis competidoras na primeira volta. Coco Yoshizawa fez a segunda nota, com 8,1.

Na segunda volta, Chloe Covell e Rayssa fizeram voltas praticamente perfeitas, mas a australiana levou a melhor na avaliação dos juízes e ganhou um décimo a mais: 8,6, contra 8,5 da brasileira.

No começo das manobras, porém, Rayssa Leal piorou seu desempenho e caiu em suas duas primeiras manobras. Ela ainda viu a japonesa Coco Yoshizawa, campeã olímpica em Paris, cravar um "Nine Club", tirando um 9,2.

Mas Rayssa não se entregou. Em sua terceira manobra, ela foi mais uma a conseguir o "Nine Club", levando 9,1 dos juízes. Em seguida, foi a vez de Yumeka Oda brilhar na pista, tirando um 9,4, a maior nota da história do Super Crown entre as mulheres.

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Rayssa deixou a rivalidade de lado, largou o skate e saiu correndo para abraçar Oda. A japonesa, inclusive, estava à vontade no ginásio, chamando o público antes das manobras.

A Fadinha estava mesmo de volta. Com um 8,7 em sua quarta manobra, ela assumiu a liderança da prova antes da última manobra das competidoras.

O "Nine Club" estava a solta no Ginásio do Ibirapuera. Coco Yoshizawa levou 9,2 dos juízes em sua última manobra, assumiu a ponta e pressionou as adversárias.

Chegou, então, a última manobra de Rayssa Leal, e o ginásio veio abaixo. Ela precisava de um 9 para ser campeã, e veio mais um "Nine Club": 9,1, para delírio dos torcedores.

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