11/01/2010 - 13h07

FIA diz que vai recorrer da sentença e mantém banimento de Briatore

Da AFP

Em Paris (França)

Mesmo favorecido por decisão judicial, Flavio Briatore ainda é considerado banido pela FIA

A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) decidiu "preparar uma apelação" da sentença emitida em 5 de janeiro pelo Tribunal de Grande Instância (TGI) de Paris declarando irregular a decisão de banir definitivamente Flavio Briatore, ex-chefe da equipe Renault, por seu envolvimento no escândalo conhecido como 'Cingapuragate'.

"O presidente da FIA consultou o senado e os advogados da FIA com respeito à decisão tomada pelo TGI no dia 5 de janeiro. Foi decidido por unanimidade preparar uma apelação. Enquanto o processo estiver em andamento, a decisão tomada pelo Conselho Mundial da FIA no dia 21 de setembro de 2009 continuará válida", anunciou a entidade em comunicado.

No início do mês, o advogado de Briatore disse que a FIA não teria chances de ganhar caso decidisse apelar da sentença do tribunal francês. “Em primeiro lugar, queremos ver o veredicto reforçado. Mas, de qualquer forma, a chance da FIA vencer caso decida apelar é zero”, disse Philippe Ouakrat, de acordo com o jornal italiano La Gazzetta dello Sport.

No dia 5 de janeiro, o TGI de Paris anulou o banimento imposto à Briatore pela FIA no dia 21 de setembro do ano passado. O veredicto deu ao italiano o direito de trabalhar novamente na Fórmula 1.

Briatore receberá uma compensação no valor de 15 mil euros (R$ 37 mil), apesar de ter pedido indenização no valor de 1 milhão de euros. Ex-engenheiro-chefe da Renault, Pat Symonds também teve sua suspensão de cinco anos cancelada, e receberá indenização no valor de 5 mil euros, apesar de ter pedido por 500 mil.

Briatore foi banido pela FIA após ser considerado culpado pelo maior escândalo da história da Fórmula 1. Quando era chefe da Renault, o italiano mandou o piloto brasileiro Nelsinho Piquet bater seu carro propositalmente para ajudar seu então companheiro de equipe, Fernando Alonso, a vencer o GP de Cingapura de 2008.