Bin Hammam não pode recorrer antes das eleições da Fifa

Mohammed Bin Hammam ainda não recebeu os motivos da sua suspensão pela Fifa e por isso não poderá apresentar seu recurso antes do congresso eletivo da entidade, que acontecerá na quarta-feira, informou nesta terça-feira a AFP uma fonte ligada ao caso.

Esta mesma fonte ainda explicou que de qualquer forma, o recurso não teria tido efeito suspensivo.

"Nesse tipo de caso, o procedimento do envio os motivos para tal suspensão leva tempo, Mohammed Bin Hammam não poderá recebê-los tão cedo. Tecnicamente, ele só poderá recorrer quando receber os documentos".

A assessoria de imprensa do presidente da Confederação Asiática tinha anunciado nesta segunda-feira: "Mohammad Bin Hamman está apenas autorizado a recorrer de decisões motivadas, por isso solicitou o recebimento desses motivos urgentemente até o dia 31 de maio, para que possa formular o seu recurso a tempo para revogar sua suspensão antes do início do congresso eletivo do 1º de junho".

Bin Hammam, Qatari de 62 anos, era o único candidato de oposição ao atual presidente Joseph Blatter, mas desistiu da eleição na madrugada de sábado para domingo, horas antes sua audiência perante o comitê de ética da Fifa.

Na audiência, ele foi suspenso até o fim da investigação que pesa contra ele por fraude eleitoral.

O comitê de ética está investigando um caso de corrupção envolvendo Bin Hammam e Jack Warner, presidente da Concacaf e também suspenso, que teriam oferecido 40 mil dólares em presentes para federações nacionais em torca de votos.

Apesar das acusações que pesam sobre o seu presidente, os representantes da Confederação Asiática marcarão presença no comitê eletivo da fifa, informou nesta terça-feira o próprio Bin Hammam.

"Pedi para os representantes da Ásia não boicotearem o congresso", declarou Bin Hammam a AFP.

Na manhã desta terça-feira, quase 10 delegados da confederação asiática deixaram Zurique, em ação vista como gesto de apoio ao Qatari.