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Brasileiras enfrentam algozes das duas últimas finais olímpicas

Da AFP

Em Dresden (Alemanha)

08/07/2011 15h19

Brasil e Estados Unidos, rivais no domingo nas quartas de final do Mundial de futebol feminino, são velhos conhecidos e se enfrentaram nas finais dos dois últimos torneios olímpicos, que terminaram com a vitória das americanas.

As talentosas brasileiras comandadas pelo técnico Kleiton Lima vão enfrentar as americanas com o sentimento de vingança, lembrando das amargas decepções de Atenas, em 2004, e em Pequim, 2008, além do sonho de conquistar o primeiro título na modalidade.

A principal característica das finais olímpicas foi sem dúvida o equilíbrio entre as seleções nas duas vitórias do 'Team USA', que definiu ambos os jogos na prorrogação, com um 2 a 1 em 2004 e um 1 a 0 quatro anos depois.

A final de Atenas foi a primeira do Brasil em uma competição fora da América do Sul e a equipe chegava com grandes expectativas, depois de eliminar a Suécia na semifinal.

As americanas começaram na frente no estádio Pireus, com um gol de Lindsay Tarpley aos 39 minutos de jogo, mas Pretinha igualou o placar aos 23 do segundo tempo, levando a partida para a prorrogação. Para a decepção brasileira, Abby Wambach, ainda hoje na seleção americana, fez mais um para os EUA no segundo tempo da prorrogação garantindo a medalha de ouro para o 'Team USA'.

Em 2008, o Brasil chegava como a seleção favorita, principalmente depois de golear na semifinal por 4 a 1 as alemãs, campeãs mundiais na época. Mas outra vez as brasileiras foram superadas pelas americanas e ficaram com outra medalha de prata.

O jogo ficou no zero a zero até a prorrogação, quando Carli Lloyd precisou de seis minutos para fazer o gol que deixou o amargo gosto de prata para as brasileiras.

"Não ficamos com a sensação de ganhar uma medalha de prata, mas de perder uma de ouro. Acho que jogamos melhor, mas elas souberam aproveitar bem as oportunidades", lamentou na época o treinador Jorge Barcellos, depois da derrota no estádio dos Trabalhadores em Pequim.

Muitas das integrantes das atuais seleções dos dois países estiveram naquela final.

Na seleção brasileira, 11 das 21 jogadoras que disputam o Mundial na Alemanha este ano estiveram em Pequim, entre elas as principais são Marta, Rosana, Cristiane e Erika.

Cristiane foi a artilheira das Olimpíadas, um prêmio individual que foi pouco comemorado por causa da desilusão da final.

Das americanas a própria Carlie Lloyd, a atacante de origem cubana Amy Rodríguez, a goleira Hope Solo, além de outras jogadoras, têm a medalha de ouro no currículo.

A treinadora da seleção americana, a sueca Pia Sundhage, está no cargo desde 2007 e espera repetir o resultado contra as brasileiras no próximo domingo.