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Equatorianos denunciam conterrâneo de 25 anos que jogou com a seleção peruana Sub-20

Das agências internacionais

Em Quito (Equador)

23/01/2013 19h30

Um técnico e um dirigente do Equador respaldaram nesta quarta-feira a denúncia feita pela sua Federação (FEF) contra Max Barrios, que vestiu a camisa da seleção peruana Sub-20 no Sul-Americano disputado na Argentina, confirmando que o jogador mudou de identidade e tem na verdade 25 anos.

De acordo com a FEF, Barrios nasceu na cidade equatoriana de Machala, perto da fronteira peruana, seu verdadeiro nome é Juan Carlos Espinosa Mercado e ele começou jogando pela LDU de Loja em 2010, quando o time estava na segunda divisão.

"Eu mesmo lancei ele nos profissionais, ele disputou 15 partidas conosco. Ele ganhou esta oportunidade porque tinha bastante força física", revelou na imprensa equatoriana Homero Valencia, ex-técnico da LDU de Loja.

De acordo com o Registro Nacional de Identidade do Peru, o zagueiro nasceu no dia 15 de setembro de 1995 na província de Sullana, no norte do país.

"Fiquei assombrado quando recebi a notícia de que ele trocou de nome para jogar no Peru", completou Valencia.

Já Oswaldo Crespo, dirigente do Cañar, outro clube equatoriano no qual o jogador atuou antes de sair para o Peru, disse que o atleta é casado e tem um filho que mora em Machala.

"A esposa dele me ligava sempre na época", explicou Crespo, que revelou que ela havia contado em uma dessas ligações que seu marido tinha uma oportunidade no Peru.

Barrios tem contrato com o clube peruano Juan Aurich, que o afastou do seu elenco nesta quarta-feira de forma provisória, até que sua situação seja esclarecida.

De acordo com a FEF, Barros foi reconhecido por uma jogador da seleção equatoriana Sub-20 que conviveu com ele na LDU de Loja.

O pai do zagueiro, Angel Barrios, afirmou em Sullana que seu filho tem dupla nacionalidade e realmente nasceu em 1995 em Esmeraldas, no litoral do noroeste do Equador.

Ele disse ter ido para Sullana, onde registrou seu filho com seis anos de idade com o nome da sua nova esposa para que ele pudesse adquirir a nacionalidade peruana.

Nesta quarta, o vice-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, disse que, mesmo que seja comprovada a suposta mudança de identidade de Max Barrios, a Federação Peruana de Futebol (FPF) não será punida.