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G¶tze cala críticos e vira herói do tetra alemão

Treinador não contou com Rooney e Van Persie neste amistoso - LINDSEY PARNABY / AFP
Treinador não contou com Rooney e Van Persie neste amistoso Imagem: LINDSEY PARNABY / AFP

Da AFP

Em Bagcoc (Tailândia)

13/07/2013 14h41

RIO DE JANEIRO, 13 Jul 2014 (AFP) - Muito criticado por ter caído drasticamente de rendimento nos últimos meses, o jovem meia Mario G¶tze se consagrou como herói do tetracampeonato da seleção alemã ao marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Argentina aos oito minutos do segundo tempo da prorrogação.

Foi uma verdadeira redenção para esse jogador de 22 anos, que era considerado uma das maiores promessas do futebol europeu, mas perdeu seu brilho desde que deixou o Borussia Dortmund para jogar no Bayern de Munique no início da temporada passada.

Nesta Copa, ele era um mero coadjuvante, com muito menos destaque que Thomas Müller, artilheiro da equipe com cinco gols marcados, o volante Toni Kroos, o zagueiro Matts Hummels ou o goleirão Manuel Neuer.

O torcedor alemão já tinha não acreditava mais na dupla 'G¶tzilla', que já formou com sucesso com Mesut –zil, outro jogador promissor que vinha decepcionando.

–zil, de 25 anos, se manteve no time titular apenas do desempenho irregular, mas G¶tze começou a amargar o banco de reservas depois da vitória por 2 a 1 sobre a Argélia nas oitavas de final, quando foi substituído no intervalo.

"Gotzinho" O veterano Miroslav Klose, de 36 anos, aproveitou para voltar no 11 titular e ganhou muita moral a se tornar o maior artilheiro da história do torneio ao marcar na semifinal seu 16º gol em Copas do Mundo na vitória por 7 a 1 sobre o Brasil, superando o recorde de Ronaldo.

Na final, porém, que brilhou foi "Gotzinho", que ganhou esse apelido pela habilidade que lembra o gênio de craques brasileiros.

O meia substituiu Klose aos 43 minutos do segundo tempo e deu a vitória aos alemães com um golaço na prorrogação. Foi o jogador mais jovem a deixar sua marca numa final de Copa do Mundo desde 1966.

"Foi uma sensação incrível, não sei como descrevê-la. Chutei para o gol sem saber o que iria acontecer. Comemorar a vitória com toda a equipe e todo o país é algo incrível", disse G¶tze, eleito melhor jogador da partida.

Esse desfecho era improvável para um jogador que não estava nem mais como primeira opção ofensiva no banco de reservas, já que Schürrle entrou muito bem cada vez que teve oportunidades, anotando um gol decisivo contra a Argélia nas oitavas e balançando as redes duas vezes contra o Brasil nas semifinais.

"Quero mostrar ao Brasil do que sou capaz", tinha anunciado G¶tze antes do Mundial, apesar de ter sofrido repetidas lesões desde 2012 e passado a maior parte da temporada no banco de reservas no Bayern.

O meia fez um bom início de Mundial, sofrendo o pênalti que resultou na abertura do placar da vitória por 4 a 0 sobre Portugal na estreia e fazendo de joelho o primeiro gol do empate em 2 a 2 com Gana a segunda rodada.

Golaço Nas partidas seguintes, porém, ele teve atuações apagadas que frustraram seu sonho de se destacar durante a competição.

Mas, por capricho do destino, a volta por cima aconteceu quase que por acaso na grande decisão. Khedira, que estava escalado entre os titulares, se machucou no aquecimento e foi substituído por Kramer, que ficou apenas 30 minutos em campo, antes de sair por lesão.

O técnico Joachim L¶w teve que colocar Schürrle mais cedo do que o previsto e precisava de um 'curinga' para os momentos finais da partida.

Foi assim que G¶tze ganhou a oportunidade da sua vida. Depois de 113 minutos de jogo, Schürrle arrancou pela esquerda e cruzou na direção do meia, que matou no peito e emendou de canhota, sem deixar a bola cair.

O gol acabou com as esperanças de Messi e companhia, sacramentou o tetra alemão e consagrou "Gotzinho" como o grande herói da noite.

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