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Leonardo chama suspensão de 'massacre' em Tribunal

Das agências internacionais, em Paris

08/10/2013 15h16

O brasileiro Leonardo, ex-diretor esportivo do Paris Saint-Germain, suspenso até 30 de junho de 2014 em função de um empurrão num árbitro, classificou sua punição como "um massacre", nesta terça-feira diante do Tribunal administrativo de Paris.

O TA assumiu o caso para arbitrar e deverá, em poucos dias, divulgar as questões de forma, de acordo com a presidente da câmara, Martine Doumergue. Por outro lado, as questões de conteúdo devem ser estudadas durante vários meses.

Leonardo entrou no Tribunal com um sorriso confiante e acompanhado de dois advogados.

O ex-diretor esportivo do PSG se manteve fiel à estratégia para anular a suspensão, em princípio de nove meses, prolongada até meados de 2014 depois de um recurso de apelação.

Em sua defesa, o ex-jogador disse que o empurrão no árbitro Alexandre Castro, após a partida do Campeonato Francês PSG-Valenciennes (1-1), em 5 de maio passado no Parque dos Príncipes, não foi proposital.

Leonardo também considera a punição "exagerada", principalmente porque a Federação francesa (FFF) solicitou à Fifa estendê-la a nível internacional.

As imagens do acontecimento no estádio foram exibidas durante a audiência para o magistrado que julga o caso, mas não para o público.

O brasileiro considera a punição "um massacre". "Esta sanção me impede de trabalhar. Eu deveria ter sido o treinador do PSG, mas estou impedido de sentar no banco de reservas. Eu não poderia nem jogar na equipe amadora do clube", alegou.

Leonardo destacou também que a pena foi prejudicial para sua imagem internacional.

Por sua vez, o Comitê olímpico e esportivo francês (CNOSF) se declarou incompetente para arbitrar no caso. O motivo seria que Leonardo, na situação de diretor esportivo, não contava com uma licença específica da FFF.

Os advogados do brasileiro se apoiam no fato da Federação não poder sancionar uma pessoa com a qual não tem vínculo jurídico.

A advogada da Federação respondeu, afirmando que se tratava de uma "quase-licença", já que Leonardo exercia sua função como se estivesse licenciado.

VEJA O VÍDEO DA TROMBADA DE LEONARDO NO ÁRBITRO