Bolt é tricampeão dos 200 m e continua fazendo história
Rio de Janeiro, 19 Ago 2016 (AFP) - O superastro jamaicano Usain Bolt deu mais um passo para se tornar uma lenda eterna do esporte ao conquistar a terceira medalha de ouro seguida nos 200 m, quatro dias depois de garantir também o tricampeonato dos 100 m, nesta quinta-feira, no Estádio Olímpico dos Jogos do Rio.
O 'Raio' venceu sua prova predileta em 19.78, seu melhor tempo do ano, 14 centésimos à frente do canadense Andre De Grasse (20.02), que já havia levado o bronze nos 100 m.
O francês Christophe Lemaitre, primeiro atleta branco da história a correr 100 m abaixo de 10 segundos levou o bronze (20.12), repetindo o resultado do Mundial de Daegu-2011.
Bolt agora tem oito medalhas de ouro em Olimpíadas: 100 m e 200 m em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além do revezamento 4x100 m nas últimas duas edições dos Jogos.
Para completar o triplo-tricampeonato, o jamaicano de 29 anos precisa vencer o revezamento 4x100 m com a equipe da Jamaica, grande favorita para ganhar a final de sexta-feira.
Com a nona medalha de ouro, ele pode igualar lendas do atletismo como o americano Carl Lewis e o finlandês Paavo Nurmi.
Seu primeiro título no revezamento, porém, foi manchado pelo doping do companheiro de equipe Nesta Carter, em Pequim-2008, o que eventualmente pode obrigar o astro a devolver sua medalha.
- Decepção com o tempo -Ao contrário das noites anteriores, o estádio estava praticamente cheio, e ansioso para mais um show do astro.
Quando entrou na pista, com roupas das cores preto e verde-amarelo da Jamaica, foi devidamente ovacionado, ao som de "Welcome do the jungle" (bem-vindo à selva), hit do Guns N'Roses'.
O jamaicano avisou que sua meta era quebrar o próprio recorde mundial (19.19). O 'Raio' largou bem, muito melhor do que na final dos 100 m, e foi possível ver no seu rosto que estava correndo ao máximo.
No final, ao invés de dar uma olhada para o lado ou de desacelerar para zombar os adversários, ele continuou em velocidade máxima e deu a tradicional 'quebrada', inclinando o corpo para frente, mas não foi suficiente.
O tempo veio abaixo do que ele esperava e Bolt parecia até um pouco decepcionado quando viu o tempo e arrancou o número do seu short para jogá-lo no chão.
"Não fiquei feliz com o tempo. Meu corpo não estava respondendo na reta final. Estou ficando velho, meu corpo está envelhecendo. Se dependesse de mim, acho essa seria minha última corrida de 200 m, mas meu treinador pode ter outra opinião", afirmou.
Passada a decepção pelo tempo, bastou ouvir o público gritar "U-SAIN BOLT" a plenos pulmões para sair comemorando, com bandeira jamaicana, ao som de "Reggae Night", de Jimmy Cliff.
A festa estava só começando, e promete ser ainda maior na sexta-feira, se ele completar o triplo-tricampeonato.
"Realmente, ainda não me dei conta de tudo que conquistei. Você trabalha tão duro por tanto tempo e só espera poder colher os frutos. É uma sensação incrível", completou.
- Eaton bicampeão do decatlo -O show de Bolt acabou ofuscando as outras provas, mas outros astros do atletismo fizeram história nesta quinta-feira.
O americano Ashton Eaton confirmou sua hegemonia no decatlo ao se tornar bicampeão olímpico da prova que consagra o atleta mais completo.
O atleta de 28 anos, que já era bicampeão mundial, igualou o recorde olímpico, somando 8893 pontos, 12 a menos que seu recorde mundial.
O brasileiro Luiz Alberto Araújo teve ótima participação, terminando a competição em décimo lugar.
Eaton conquistou o bi no decatlo, mas a tcheca Barbora Spotakova deixou escapar o tri no lançamento de dardo ao ser superada pela jovem croata Sara Kolak, de apenas 21 anos. A veterana Spotakova, que é 14 anos mais velha, teve que se contentar com o bronze.
Já Dalilah Muhammad deu aos Estados Unidos sua primeira medalha de ouro nos 400 m com barreiras.
Na quarta-feira, a prova dos 100 m com barreiras já foi totalmente dominada pelas americanas, que conquistaram ouro, prata e bronze.
O atletimo americano está fazendo bonito no Rio, mas passou perto de uma grande humilhação.
- Americanas correm sozinhas -Na sessão da manhã desta quinta-feira, o revezamento 4x100 m, atual campeão olímpico, chegou a ser eliminado por ter derrubado o bastão, depois que a brasileira Kauiza Venâncio tocou involuntariamente em English Gardner.
A equipe americana ficou desclassificada por quase uma hora, mas a Confederação Americana de Atletismo apresentou um recurso por conta do toque e foi atendida.
As americanas ganharam o direito de correr de novo, sozinhas, no início da sessão noturna.
Tianna Bartoletta, Allyson Felix, English Gardener e Morolake Akinosun correram na raia 2, a mesma das eliminatórias da manhã.
Sem ninguém ao lado, elas correram contra o tempo, incentivadas pela torcida, que gostou da oportunidade de ver as atletas na pista novamente.
O telão do estádio exibia o "tempo a ser batido", 42.70, da equipe chinesa, inicialmente classificada com o oitavo e último tempo das finalistas.
As americanas foram muito mais rápidas do que isso: fecharam a prova em 41.77, superando por dois centésimos a Jamaica, primeira colocada das baterias da manhã.
A equipe brasileira, que já estava fora da final por ter obtido apenas o nono tempo geral (42.85), acabou sendo oficialmente desclassificada.
A equipe masculina, que vinha sendo bem menos badalada que a feminina, fez o dever de casa e avançou para a final, que deve marcar a despedida olímpica de Bolt.
O 'Raio' venceu sua prova predileta em 19.78, seu melhor tempo do ano, 14 centésimos à frente do canadense Andre De Grasse (20.02), que já havia levado o bronze nos 100 m.
O francês Christophe Lemaitre, primeiro atleta branco da história a correr 100 m abaixo de 10 segundos levou o bronze (20.12), repetindo o resultado do Mundial de Daegu-2011.
Bolt agora tem oito medalhas de ouro em Olimpíadas: 100 m e 200 m em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além do revezamento 4x100 m nas últimas duas edições dos Jogos.
Para completar o triplo-tricampeonato, o jamaicano de 29 anos precisa vencer o revezamento 4x100 m com a equipe da Jamaica, grande favorita para ganhar a final de sexta-feira.
Com a nona medalha de ouro, ele pode igualar lendas do atletismo como o americano Carl Lewis e o finlandês Paavo Nurmi.
Seu primeiro título no revezamento, porém, foi manchado pelo doping do companheiro de equipe Nesta Carter, em Pequim-2008, o que eventualmente pode obrigar o astro a devolver sua medalha.
- Decepção com o tempo -Ao contrário das noites anteriores, o estádio estava praticamente cheio, e ansioso para mais um show do astro.
Quando entrou na pista, com roupas das cores preto e verde-amarelo da Jamaica, foi devidamente ovacionado, ao som de "Welcome do the jungle" (bem-vindo à selva), hit do Guns N'Roses'.
O jamaicano avisou que sua meta era quebrar o próprio recorde mundial (19.19). O 'Raio' largou bem, muito melhor do que na final dos 100 m, e foi possível ver no seu rosto que estava correndo ao máximo.
No final, ao invés de dar uma olhada para o lado ou de desacelerar para zombar os adversários, ele continuou em velocidade máxima e deu a tradicional 'quebrada', inclinando o corpo para frente, mas não foi suficiente.
O tempo veio abaixo do que ele esperava e Bolt parecia até um pouco decepcionado quando viu o tempo e arrancou o número do seu short para jogá-lo no chão.
"Não fiquei feliz com o tempo. Meu corpo não estava respondendo na reta final. Estou ficando velho, meu corpo está envelhecendo. Se dependesse de mim, acho essa seria minha última corrida de 200 m, mas meu treinador pode ter outra opinião", afirmou.
Passada a decepção pelo tempo, bastou ouvir o público gritar "U-SAIN BOLT" a plenos pulmões para sair comemorando, com bandeira jamaicana, ao som de "Reggae Night", de Jimmy Cliff.
A festa estava só começando, e promete ser ainda maior na sexta-feira, se ele completar o triplo-tricampeonato.
"Realmente, ainda não me dei conta de tudo que conquistei. Você trabalha tão duro por tanto tempo e só espera poder colher os frutos. É uma sensação incrível", completou.
- Eaton bicampeão do decatlo -O show de Bolt acabou ofuscando as outras provas, mas outros astros do atletismo fizeram história nesta quinta-feira.
O americano Ashton Eaton confirmou sua hegemonia no decatlo ao se tornar bicampeão olímpico da prova que consagra o atleta mais completo.
O atleta de 28 anos, que já era bicampeão mundial, igualou o recorde olímpico, somando 8893 pontos, 12 a menos que seu recorde mundial.
O brasileiro Luiz Alberto Araújo teve ótima participação, terminando a competição em décimo lugar.
Eaton conquistou o bi no decatlo, mas a tcheca Barbora Spotakova deixou escapar o tri no lançamento de dardo ao ser superada pela jovem croata Sara Kolak, de apenas 21 anos. A veterana Spotakova, que é 14 anos mais velha, teve que se contentar com o bronze.
Já Dalilah Muhammad deu aos Estados Unidos sua primeira medalha de ouro nos 400 m com barreiras.
Na quarta-feira, a prova dos 100 m com barreiras já foi totalmente dominada pelas americanas, que conquistaram ouro, prata e bronze.
O atletimo americano está fazendo bonito no Rio, mas passou perto de uma grande humilhação.
- Americanas correm sozinhas -Na sessão da manhã desta quinta-feira, o revezamento 4x100 m, atual campeão olímpico, chegou a ser eliminado por ter derrubado o bastão, depois que a brasileira Kauiza Venâncio tocou involuntariamente em English Gardner.
A equipe americana ficou desclassificada por quase uma hora, mas a Confederação Americana de Atletismo apresentou um recurso por conta do toque e foi atendida.
As americanas ganharam o direito de correr de novo, sozinhas, no início da sessão noturna.
Tianna Bartoletta, Allyson Felix, English Gardener e Morolake Akinosun correram na raia 2, a mesma das eliminatórias da manhã.
Sem ninguém ao lado, elas correram contra o tempo, incentivadas pela torcida, que gostou da oportunidade de ver as atletas na pista novamente.
O telão do estádio exibia o "tempo a ser batido", 42.70, da equipe chinesa, inicialmente classificada com o oitavo e último tempo das finalistas.
As americanas foram muito mais rápidas do que isso: fecharam a prova em 41.77, superando por dois centésimos a Jamaica, primeira colocada das baterias da manhã.
A equipe brasileira, que já estava fora da final por ter obtido apenas o nono tempo geral (42.85), acabou sendo oficialmente desclassificada.
A equipe masculina, que vinha sendo bem menos badalada que a feminina, fez o dever de casa e avançou para a final, que deve marcar a despedida olímpica de Bolt.
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