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Rio-2016: família de Hickey pede intervenção do governo irlandês

26/08/2016 16h52

Dublin, 26 Ago 2016 (AFP) - A família de Patrick Hickey, presidente do Comitê Olímpico Irlandês (OCI) que está em prisão preventiva no Rio de Janeiro pela revenda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos, pediu nesta sexta-feira (26) a intervenção do governo irlandês no caso.

A advogada Anne Marie James pediu ao ministro das Relações Exteriores, Charles Flanagan, e ao ministro dos Esportes, Shane Ross, que "intervenham com total urgência, devido às questões extremamente preocupantes de sua prisão".

Hickey, de 71 anos, que também dirige o Comitê Olímpico Europeu e faz parte do Comitê Olímpico Internacional, foi preso pela polícia brasileira em seu hotel, no dia 15 de agosto. Ele afastado de suas funções temporariamente.

"A análise dos e-mails confirma que o presidente do OCI, Patrick Hickey, estava em contato direto com Marcus Evans, diretor da THG, para a venda de ingressos a preços muito superiores ao oficial", declarou o inspetor Ricardo Barbosa de Souza em uma coletiva de imprensa.

"Patrick Hickey e Kevin James Mallon estão na prisão de Bangu 10, em prisão preventiva. Temos sete fugitivos, entre eles Marcus Evans, o grande mentor do sistema, que controla a THG. E apreendemos os passaportes de três pessoas", indicou Aloysio Falcão, da Polícia Civil do Rio.

A família se mostrou "muito preocupada" com as condições de sua prisão, com sua saúde e com o direito a um tratamento judicial justo. Além disso, pedem que os dois ministros transmitam suas preocupações ao embaixador do Brasil em Dublin, assegurando que Hickey é vítima de "uma pena degradante e humilhante".

Simultaneamente, o COI já solicitou uma investigação independente, até 10 de outubro, sobre a gestão e a redistribuição dos ingressos dos Jogos.

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