Queda de avião da Chapecoense na Colômbia deixa 76 mortos
Bogotá, 29 Nov 2016 (AFP) - Setenta e seis pessoas morreram e cinco foram resgatadas com vida após a queda nas proximidades de Medellín do avião que transportava a equipe da Chapecoense, que disputaria na quarta-feira a final da Copa Sul-Americana contra o colombiano Atlético Nacional.
"Conseguimos resgatar seis pessoas com vida, mas uma delas faleceu quando era levada para o hospital. Os demais faleceram", afirmou à imprensa o comandante da polícia metropolitana do Vale de Aburrá, José Gerardo Acevedo.
Os sobreviventes são o lateral Alan Ruschel e os goleiros Danilo Padilha e Jackson Follmann, assim como uma comissária de bordo e um jornalista.
A modesta Chapecoense surpreendeu o futebol do continente ao avançar para a final da Copa Sul-Americana depois de eliminar nas semifinais o tradicional San Lorenzo da Argentina.
"Estamos reunidos no estádio, recebendo as pessoas envolvidas, as pessoas que amam a Chapecoense. (...) Até agora não caiu a ficha. Estamos no aguardo, todo mundo confiando em Deus que as coisas vão acontecer dando certo para nós, e que nossa Chapecoense vai ter que continuar. É complicada a dor. Eu que estou há muito tempo envolvido na Chapecoense, sei o que passamos até aqui. Agora que chegamos, não vou dizer no auge, mas em destaque nacional, acontece uma tragédia dessas. É muito difícil, uma tragédia muito grande", afirmou, comovido, o vice-presidente do clube Ivan Tozzo.
O governo brasileiro decretou luto oficial de três dias pela tragédia.
A aeronave transportava nove tripulantes e 72 passageiros, incluindo os jogadores do clube de Santa Catarina, dirigentes da equipe e jornalistas. O avião decolara de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), onde fez escala depois da viagem a partir do Brasil.
O avião de matrícula boliviana CP2933 da empresa Lamia se declarou em emergência por "falhas elétricas" às 22H00 locais (1H00 de Brasília), a 50 km de Medellín.
Os trabalhos de resgate foram suspensos durante a madrugada por causa das condições meteorológicas "em una zona montanhosa de acesso muito difícil", 3.300 metros acima do nível do mar, e seriam retomados durante a manhã.
Para chegar a esta colina, as equipes de resgate precisam percorrer mais de meia hora a pé com as macas.
O acidente aconteceu em Cerro Gordo, entre os municípios de La Ceja e La Unión, no departamento de Antioquia (noroeste), informou o aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a região de Medellín, em um comunicado.
A Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) mobilizou 150 agentes das equipes de emergência e acionou a rede hospitalar.
Primeiro aconteceu uma declaração de emergência e poucos minutos depois ocorreu o acidente, afirmou à AFP um porta-voz da Aviação Civil.
Nove jogadores da Chapecoense não viajaram a Colômbia por decisão técnica e permaneceram no Brasil: Rafael Lima, Nenem, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Alejandro Martinuccio (argentino), Moisés e Nivaldo.
Há duas semanas, o mesmo avião havia sido utilizado pela seleção argentina, com Lionel Messi a bordo, na viagem de Buenos Aires até San Juan para a partida contra a Colômbia pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia-2018.
- Milagre sul-americano -A Conmebol anunciou a suspensão da partida de ida da final da Copa Sul-Americana e do congresso da entidade, que aconteceria na quarta-feira em Montevidéu.
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, viajou a Medellín.
O adversário do time catarinense, Atlético Nacional, manifestou sua solidariedade nas redes sociais. "Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal pelo acidente ocorrido e espera informações das autoridades", publicou o clube no Twitter.
"Estamos no local, respeitando a operação dos organismos de resgate e tentando saber como podemos ajudar", afirmou o presidente do clube, Juan Carlos de la Cuesta.
A classificação para a final na semana passada, com um empate de 0-0 contra o tradicional San Lorenzo da Argentina, provocou uma grande festa em Chapecó, cidade de 200.000 habitantes no oeste de Santa Catarina.
Clube fundado em 1973, a Chape fez história ao se classificar para a decisão da Sul-Americana logo na sua segunda participação a uma competição internacional.
O 'Verdão do Oeste', que disputa a Série A do Brasileirão desde 2013, eliminou gigantes do futebol argentino, como o Independiente, recordista de títulos na Libertadores (7), nos pênaltis nas oitavas de final, e o Junior Barranquilla nas quartas.
Nas semifinais, um empate de 1-1 na Argentina com o San Lorenzo e o 0-0 no jogo de volta carimbaram a vaga na decisão continental.
A Chape quase desapareceu há uma década. À beira da falência, a continuidade do clube parecia difícil.
Mas o clube iniciou a recuperação em 2009, quando conseguiu uma vaga na Série D. A partir de então, o time iniciou uma arrancada que, sete anos depois, transformou a Chape em sensação sul-americana.
"Conseguimos resgatar seis pessoas com vida, mas uma delas faleceu quando era levada para o hospital. Os demais faleceram", afirmou à imprensa o comandante da polícia metropolitana do Vale de Aburrá, José Gerardo Acevedo.
Os sobreviventes são o lateral Alan Ruschel e os goleiros Danilo Padilha e Jackson Follmann, assim como uma comissária de bordo e um jornalista.
A modesta Chapecoense surpreendeu o futebol do continente ao avançar para a final da Copa Sul-Americana depois de eliminar nas semifinais o tradicional San Lorenzo da Argentina.
"Estamos reunidos no estádio, recebendo as pessoas envolvidas, as pessoas que amam a Chapecoense. (...) Até agora não caiu a ficha. Estamos no aguardo, todo mundo confiando em Deus que as coisas vão acontecer dando certo para nós, e que nossa Chapecoense vai ter que continuar. É complicada a dor. Eu que estou há muito tempo envolvido na Chapecoense, sei o que passamos até aqui. Agora que chegamos, não vou dizer no auge, mas em destaque nacional, acontece uma tragédia dessas. É muito difícil, uma tragédia muito grande", afirmou, comovido, o vice-presidente do clube Ivan Tozzo.
O governo brasileiro decretou luto oficial de três dias pela tragédia.
A aeronave transportava nove tripulantes e 72 passageiros, incluindo os jogadores do clube de Santa Catarina, dirigentes da equipe e jornalistas. O avião decolara de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), onde fez escala depois da viagem a partir do Brasil.
O avião de matrícula boliviana CP2933 da empresa Lamia se declarou em emergência por "falhas elétricas" às 22H00 locais (1H00 de Brasília), a 50 km de Medellín.
Os trabalhos de resgate foram suspensos durante a madrugada por causa das condições meteorológicas "em una zona montanhosa de acesso muito difícil", 3.300 metros acima do nível do mar, e seriam retomados durante a manhã.
Para chegar a esta colina, as equipes de resgate precisam percorrer mais de meia hora a pé com as macas.
O acidente aconteceu em Cerro Gordo, entre os municípios de La Ceja e La Unión, no departamento de Antioquia (noroeste), informou o aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a região de Medellín, em um comunicado.
A Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) mobilizou 150 agentes das equipes de emergência e acionou a rede hospitalar.
Primeiro aconteceu uma declaração de emergência e poucos minutos depois ocorreu o acidente, afirmou à AFP um porta-voz da Aviação Civil.
Nove jogadores da Chapecoense não viajaram a Colômbia por decisão técnica e permaneceram no Brasil: Rafael Lima, Nenem, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Alejandro Martinuccio (argentino), Moisés e Nivaldo.
Há duas semanas, o mesmo avião havia sido utilizado pela seleção argentina, com Lionel Messi a bordo, na viagem de Buenos Aires até San Juan para a partida contra a Colômbia pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia-2018.
- Milagre sul-americano -A Conmebol anunciou a suspensão da partida de ida da final da Copa Sul-Americana e do congresso da entidade, que aconteceria na quarta-feira em Montevidéu.
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, viajou a Medellín.
O adversário do time catarinense, Atlético Nacional, manifestou sua solidariedade nas redes sociais. "Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal pelo acidente ocorrido e espera informações das autoridades", publicou o clube no Twitter.
"Estamos no local, respeitando a operação dos organismos de resgate e tentando saber como podemos ajudar", afirmou o presidente do clube, Juan Carlos de la Cuesta.
A classificação para a final na semana passada, com um empate de 0-0 contra o tradicional San Lorenzo da Argentina, provocou uma grande festa em Chapecó, cidade de 200.000 habitantes no oeste de Santa Catarina.
Clube fundado em 1973, a Chape fez história ao se classificar para a decisão da Sul-Americana logo na sua segunda participação a uma competição internacional.
O 'Verdão do Oeste', que disputa a Série A do Brasileirão desde 2013, eliminou gigantes do futebol argentino, como o Independiente, recordista de títulos na Libertadores (7), nos pênaltis nas oitavas de final, e o Junior Barranquilla nas quartas.
Nas semifinais, um empate de 1-1 na Argentina com o San Lorenzo e o 0-0 no jogo de volta carimbaram a vaga na decisão continental.
A Chape quase desapareceu há uma década. À beira da falência, a continuidade do clube parecia difícil.
Mas o clube iniciou a recuperação em 2009, quando conseguiu uma vaga na Série D. A partir de então, o time iniciou uma arrancada que, sete anos depois, transformou a Chape em sensação sul-americana.
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