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Justiça valida acordo entre Barça e promotoria no caso Neymar

20/12/2016 15h03

Barcelona, 20 dez 2016 (AFP) - A justiça espanhola validou nesta terça-feira o acordo entre os promotores e o Barcelona para evitar um processo no caso da transferência do brasileiro Neymar, com o clube se declarando culpado por fraude fiscal.

O acordo feito em junho impõe uma multa por fraude fiscal de 5,5 milhões de euros ao clube catalão, mas evita uma punição ao presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor, Sandro Rosell.

O processo sofreu um atraso devido ao fato de outro ex-presidente do Barcelona, Joan Laporta, ter recorrido na justiça, se opondo a falta de punição para os dirigentes.

Os recursos foram negados e o acordo definitivo, assinado em 14 de dezembro, foi divulgado nesta terça-feira.

A transferência de Neymar em 2013 iniciou uma série de problemas judiciais para o clube e para o atacante brasileiro, com vários processos sendo abertos na Espanha e no Brasil.

O clube havia anunciado que o valor da transferência foi de 57,1 milhões de euros: 40 milhões para a família do jogador e 17,1 milhões para o Santos e para o fundo de investimento DIS, que detinha 40% dos direitos do jogador.

A justiça espanhola abriu uma investigação em relação aos contratos paralelos assinados com o Santos, que, segundo suspeitas, aumentavam o valor da transferência para 83,8 milhões de euros.

Segundo o acordo firmado entre promotoria e clube, a transferência foi de 17,1 milhões de euros, com 40 milhões de euros sendo pagos à família de Neymar, contabilizados como salário do jogador.

Os problemas judiciais de Neymar e Barcelona, porém, não terminaram. Uma queixa foi entregue à justiça pelo fundo de investimento DIS por "fraude e corrupção" contra o atacante, seu pai, o Barcelona, o Santos e os dirigentes.

De acordo com o DIS, os 40 milhões de euros pagos à família de Neymar acabaram com a livre concorrência e impediram que outro clube apresentasse proposta melhor. O fundo de investimento acusa também Santos e Barcelona de ocultar o montante real da transação.