Brasil vence Colômbia em noite de homenagens à Chapecoense
Rio de Janeiro, 26 Jan 2017 (AFP) - Menos de dois meses após o acidente aéreo que deixou 71 mortos, o estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, se tornou palco de emocionante homenagem à Chapecoense, em cerimônia pré-amistoso entre as seleções de Brasil e Colômbia, que culminou na vitória por 1 a 0 da seleção brasileira.
O chamado "Jogo da amizade", uma partida beneficente em prol das famílias das vítimas do acidente, recebeu público pequeno, cerca de 18.000 torcedores, devido aos altos preços dos ingressos, à crise financeira que assola o Estado fluminense e também ao forte calor deste início do ano no Rio.
Apesar de pequeno, o público presente se mostrou bastante empolgado e deu início à cerimônia pré-jogo de homenagens à Chapecoense cantando "Vamos, vamos Chape", grito de guerra da equipe catarinense que ficou famoso ao redor do mundo após a tragédia.
Em seguida, os torcedores receberam com muitos aplausos os quatro sobreviventes brasileiros do acidente, o goleiro Jackson Follman, que teve uma perna amputada e ainda precisa de cadeira de rodas para se locomover, o zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o jornalista Raphael Henzel.
No meio de campo, os sobreviventes receberam placas de homenagem das mãos de dirigentes da CBF e foram festejados pelos jogadores da seleção brasileira, que entraram em campo com flores a serem entregues à equipe colombiana, um simbólico agradecimento ao carinho demonstrado pelo povo da Colômbia após o acidente.
Após os hinos nacionais dos dois países serem tocados, veio o momento mais emocionante da festa: ao invés do tradicional minuto de silêncio, o público promoveu um minuto de palmas, deixando várias pessoas nas arquibancadas de olhos marejados.
Após a partida, o técnico Tite ressaltou a importância humana do duelo, dando pouca relevância ao placar.
"O resultado é o que menos interessa. Falei para o Jose Pekerman (técnico da Colômbia) que eu não gostaria que houvesse um vencedor hoje. A gratidão que tenho se estende ao povo colombiano, ao povo brasileiro, à Chapecoense", analisou o técnico, que com essa vitória, a sétima em sete jogo no cargo, colocou o Brasil de volta ao primeiro lugar do ranking Fifa, pela primeira vez desde maio de 2010.
Já Pekerman lamentou as dificuldades para a realização da partida, mas comemorou a possibilidade de testar novos atletas.
"Tivemos dificuldades para estar aqui, com problemas de calendário e liberação de jogadores. Mas dentro de campo acho que a partida permitiu mostrar que esses jogadores podem ajudar e que podem voltar a ser convocados para a seleção colombiana", afirmou.
- Jogo duro -Dentro de campo, o "Jogo da Amizade" não foi tão amistoso assim.
As duas equipes, formadas apenas por jogadores que atuam na América do Sul e ávidos em mostrar aos respectivos técnicos que merecem futuras chances, não pouparam esforço.
Aliado ao nítido desentrosamento, principalmente no Brasil, que entrou em campo com seis jogadores que nunca haviam vestido a camisa principal da seleção, o excesso de vontade acabou deixando o jogo pouco fluido.
Robinho, jogador mais experiente convocado por Tite, com 101 jogos pela seleção, herdou a braçadeira de capitão e era a grande esperança do ataque brasileiro, mas quem se destacou foi Dudu.
No melhor momento do Brasil no primeiro tempo, o atacante do Palmeiras deu passe preciso por cima da zaga e deixou Lucas Lima na cara do gol, mas o jogador do Santos mandou a bomba em cima do goleiro colombiano, que fez boa defesa, aos 14 minutos.
A Colômbia, com sete jogadores do Atlético Nacional, equipe que seria a adversária da Chapecoense na final da Copa Sul-Americana, respondeu à altura.
Aos 34 minutos, Uribe apareceu na área e cabeceou com força um cruzamento da direita, mas a bola foi parar na trave do goleiro Weverton.
O público brasileiro, porém, precisou esperar até os segundo tempo para comemorar um gol.
No primeiro minuto da segunda etapa, Fagner recebeu na direita e cruzou rasteiro. Diego Souza conseguiu finalizar de carrinho, mas o goleiro González defendeu. Na sobra, o pequeno Dudu, de apenas 1.67 m, colocou de cabeça para dentro das redes.
Em seguida, os técnicos Tite e Jose Pekerman aproveitaram o amistoso para realizar diversas experiências nas equipes, de olho em jogadores que poderão reforçar suas seleções nas eliminatórias para a Copa do Mundo-2018.
As trocas, porém, deram enfase à falta de entrosamento das duas equipes, impossibilitando nova mudança no placar do jogo.
Restou ao público animar a partida e a rivalidade entre os quatro principais times do Rio roubou a cena. Os torcedores de Fluminense, Vasco e Botafogo se uniam para vaiar os jogadores do Flamengo, Diego, William Arão e Jorge, enquanto a torcida rubro-negra respondia com incentivos.
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O chamado "Jogo da amizade", uma partida beneficente em prol das famílias das vítimas do acidente, recebeu público pequeno, cerca de 18.000 torcedores, devido aos altos preços dos ingressos, à crise financeira que assola o Estado fluminense e também ao forte calor deste início do ano no Rio.
Apesar de pequeno, o público presente se mostrou bastante empolgado e deu início à cerimônia pré-jogo de homenagens à Chapecoense cantando "Vamos, vamos Chape", grito de guerra da equipe catarinense que ficou famoso ao redor do mundo após a tragédia.
Em seguida, os torcedores receberam com muitos aplausos os quatro sobreviventes brasileiros do acidente, o goleiro Jackson Follman, que teve uma perna amputada e ainda precisa de cadeira de rodas para se locomover, o zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o jornalista Raphael Henzel.
No meio de campo, os sobreviventes receberam placas de homenagem das mãos de dirigentes da CBF e foram festejados pelos jogadores da seleção brasileira, que entraram em campo com flores a serem entregues à equipe colombiana, um simbólico agradecimento ao carinho demonstrado pelo povo da Colômbia após o acidente.
Após os hinos nacionais dos dois países serem tocados, veio o momento mais emocionante da festa: ao invés do tradicional minuto de silêncio, o público promoveu um minuto de palmas, deixando várias pessoas nas arquibancadas de olhos marejados.
Após a partida, o técnico Tite ressaltou a importância humana do duelo, dando pouca relevância ao placar.
"O resultado é o que menos interessa. Falei para o Jose Pekerman (técnico da Colômbia) que eu não gostaria que houvesse um vencedor hoje. A gratidão que tenho se estende ao povo colombiano, ao povo brasileiro, à Chapecoense", analisou o técnico, que com essa vitória, a sétima em sete jogo no cargo, colocou o Brasil de volta ao primeiro lugar do ranking Fifa, pela primeira vez desde maio de 2010.
Já Pekerman lamentou as dificuldades para a realização da partida, mas comemorou a possibilidade de testar novos atletas.
"Tivemos dificuldades para estar aqui, com problemas de calendário e liberação de jogadores. Mas dentro de campo acho que a partida permitiu mostrar que esses jogadores podem ajudar e que podem voltar a ser convocados para a seleção colombiana", afirmou.
- Jogo duro -Dentro de campo, o "Jogo da Amizade" não foi tão amistoso assim.
As duas equipes, formadas apenas por jogadores que atuam na América do Sul e ávidos em mostrar aos respectivos técnicos que merecem futuras chances, não pouparam esforço.
Aliado ao nítido desentrosamento, principalmente no Brasil, que entrou em campo com seis jogadores que nunca haviam vestido a camisa principal da seleção, o excesso de vontade acabou deixando o jogo pouco fluido.
Robinho, jogador mais experiente convocado por Tite, com 101 jogos pela seleção, herdou a braçadeira de capitão e era a grande esperança do ataque brasileiro, mas quem se destacou foi Dudu.
No melhor momento do Brasil no primeiro tempo, o atacante do Palmeiras deu passe preciso por cima da zaga e deixou Lucas Lima na cara do gol, mas o jogador do Santos mandou a bomba em cima do goleiro colombiano, que fez boa defesa, aos 14 minutos.
A Colômbia, com sete jogadores do Atlético Nacional, equipe que seria a adversária da Chapecoense na final da Copa Sul-Americana, respondeu à altura.
Aos 34 minutos, Uribe apareceu na área e cabeceou com força um cruzamento da direita, mas a bola foi parar na trave do goleiro Weverton.
O público brasileiro, porém, precisou esperar até os segundo tempo para comemorar um gol.
No primeiro minuto da segunda etapa, Fagner recebeu na direita e cruzou rasteiro. Diego Souza conseguiu finalizar de carrinho, mas o goleiro González defendeu. Na sobra, o pequeno Dudu, de apenas 1.67 m, colocou de cabeça para dentro das redes.
Em seguida, os técnicos Tite e Jose Pekerman aproveitaram o amistoso para realizar diversas experiências nas equipes, de olho em jogadores que poderão reforçar suas seleções nas eliminatórias para a Copa do Mundo-2018.
As trocas, porém, deram enfase à falta de entrosamento das duas equipes, impossibilitando nova mudança no placar do jogo.
Restou ao público animar a partida e a rivalidade entre os quatro principais times do Rio roubou a cena. Os torcedores de Fluminense, Vasco e Botafogo se uniam para vaiar os jogadores do Flamengo, Diego, William Arão e Jorge, enquanto a torcida rubro-negra respondia com incentivos.
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