City-Monaco: confronto de novos ricos com modelos diferentes na Champions
Manchester, Reino Unido, 20 Fev 2017 (AFP) - O poderoso Manchester City enfrenta nesta terça-feira, na partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, o também endinheirado Monaco.
Mesmo tratando-se de dois clubes ricos, as duas entidades se sustentam por modelos econômicos diferentes. Uma diferença que, a priori -dada a qualidade técnico dos ingleses-, também se dá entre as quatro linhas.
Desde que o xeque Mansour bin Zayed Al-Nahyan adquiriu o clube em 2008, o City apostou na projeção internacional e na compra de grandes estrelas do futebol mundial.
Além disso, o clube supervisiona as atividades do New York City, do Melbourne City e, em parte, do Yokohama F-Marinos. "O 'papel' que estas equipes cumprem em relação ao City é de 'reserva de jogadores', mas sem nenhuma relação com o que o clube de Manchester construiu nos últimos anos", explicou Rob Wilson, especialista em economia do futebol na universidade de Sheffield Halla.
"Isso permite realizar intercâmbio de jogadores entre os diferentes centros de formação. É como uma multinacional soba a direção de uma empresa matriz. Trata-se de estender a 'marca City' atraindo patrocinadores internacionais", continuou o especialista.
O dinheiro do xeque Mansour transformou o clube de Manchester no sexto mais rico do planeta, segundo dados da empresa de consultoria Deloitte, e a 'marca City' é a quarta mais forte em termos de valorização, de acordo com a Brand Internacional.
- Monaco, de comprador a vendedor -Já o Monaco protagonizou uma completa transformação desde sua volta à primeira divisão francesa, em maio de 2013. Com o bilionário russo Dimtry Rybolovlev no comando, o clube trouxe os colombianos Radamel Falcao (60 milhões de euros) e James Rodríguez (45), o português João Moutinho (25), Geoffrey Kondogbia (20), Anthony Martial (5), Jeremy Toulalan (7) e Isimat-Mirin (4).
Graças a estes investimentos, Rybolovlev conseguiu alcançar seu objetivo: recolocar o clube do Principado na disputa dos campeonatos europeus.
Os gastos, contudo, valeram ao Monaco uma punição por infração ao 'Fair Play Financeiro' e o clube precisou de desfazer de alguns de seus jogadores para equilibrar as contas. Nesse intuito, vendeu James Rodríguez ao Real Madrid por 85 milhões de euros, quantia recorde para uma transferência da equipe francesa.
Neste cenário, o técnico Leonardo Jardim aceitou, em junho de 2014, a nova filosofia do clube: promover novos talentos na badalada Liga dos Campeões para vendê-los a ótimos preços.
Após chegar às quartas de final da Champions em 2014-15, a equipe vendeu suas principais estrelas, recebendo grande lucro sobre o preço pago para adquiri-los.
Com a venda de Kondogbia (Inter de Milão), foram 20 milhões de euros de lucro; com a de Martial (Manchester United), 55 milhões; Com Layvin Kurzawa (PSG), 25; com Aymen Abdennour (Valencia), 15.
Depois de todo esse investimento, ambas as equipes buscam se manter no topo do futebol europeu, como entidades vencedoras e influentes no cenário continental.
A melhor forma de fazer isso, segundo Rob Wilson, é formando jogadores. "Não há dúvida que investir nas categorias de base é a maneira mais rentável de fazer uma equipe funcionar. O Monaco adotou esse modelo rapidamente. O City está fazendo isso mais lentamente".
No quesito revelação de jogadores, o Monaco tem boa experiência, já que foi responsável pela formação de grandes nomes da história do futebol francês, como Thuram, Petit, Henry e Trezeguet, entre outros.
Hoje, o Monaco segue a mesma filosofia. Das categorias de base do clube do Principado vêm jogadores de grande projeção e talento, como Abdou Diallo, Kevin Ndoram, Loic Badiashile e, principalmente, Kylan Mbappé.
"A principal diferença entre Monaco e City é o dinheiro recebido pelos direitos de transmissão televisiva, que permite aos ingleses seguir investindo em jogadores já consagrados", afirma Rob Wilson.
Nesta temporada, de fato, o Manchester City gastou 213 milhões de euros em contratações, enquanto o Monaco só investiu 47,5 milhões de euros.
- Prováveis escalações:
Manchester City: Caballero - Sagna, Stones, Kolarov, Fernandinho (ou Otamendi) - Yayá Touré, Silva - De Bruyne, Sterling, Sané - Agüero. T: Pep Guardiola (ESP)
Monaco: Subasic - Sidibé, Glik, Raggi, Mendy - Fabinho, Bakayoko - Silva, Moutinho (ou Germain), Lemar - Falcao. T: Leonardo Jardim (POR)
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (ESP)
mam-cb/jma/psr/am
Mesmo tratando-se de dois clubes ricos, as duas entidades se sustentam por modelos econômicos diferentes. Uma diferença que, a priori -dada a qualidade técnico dos ingleses-, também se dá entre as quatro linhas.
Desde que o xeque Mansour bin Zayed Al-Nahyan adquiriu o clube em 2008, o City apostou na projeção internacional e na compra de grandes estrelas do futebol mundial.
Além disso, o clube supervisiona as atividades do New York City, do Melbourne City e, em parte, do Yokohama F-Marinos. "O 'papel' que estas equipes cumprem em relação ao City é de 'reserva de jogadores', mas sem nenhuma relação com o que o clube de Manchester construiu nos últimos anos", explicou Rob Wilson, especialista em economia do futebol na universidade de Sheffield Halla.
"Isso permite realizar intercâmbio de jogadores entre os diferentes centros de formação. É como uma multinacional soba a direção de uma empresa matriz. Trata-se de estender a 'marca City' atraindo patrocinadores internacionais", continuou o especialista.
O dinheiro do xeque Mansour transformou o clube de Manchester no sexto mais rico do planeta, segundo dados da empresa de consultoria Deloitte, e a 'marca City' é a quarta mais forte em termos de valorização, de acordo com a Brand Internacional.
- Monaco, de comprador a vendedor -Já o Monaco protagonizou uma completa transformação desde sua volta à primeira divisão francesa, em maio de 2013. Com o bilionário russo Dimtry Rybolovlev no comando, o clube trouxe os colombianos Radamel Falcao (60 milhões de euros) e James Rodríguez (45), o português João Moutinho (25), Geoffrey Kondogbia (20), Anthony Martial (5), Jeremy Toulalan (7) e Isimat-Mirin (4).
Graças a estes investimentos, Rybolovlev conseguiu alcançar seu objetivo: recolocar o clube do Principado na disputa dos campeonatos europeus.
Os gastos, contudo, valeram ao Monaco uma punição por infração ao 'Fair Play Financeiro' e o clube precisou de desfazer de alguns de seus jogadores para equilibrar as contas. Nesse intuito, vendeu James Rodríguez ao Real Madrid por 85 milhões de euros, quantia recorde para uma transferência da equipe francesa.
Neste cenário, o técnico Leonardo Jardim aceitou, em junho de 2014, a nova filosofia do clube: promover novos talentos na badalada Liga dos Campeões para vendê-los a ótimos preços.
Após chegar às quartas de final da Champions em 2014-15, a equipe vendeu suas principais estrelas, recebendo grande lucro sobre o preço pago para adquiri-los.
Com a venda de Kondogbia (Inter de Milão), foram 20 milhões de euros de lucro; com a de Martial (Manchester United), 55 milhões; Com Layvin Kurzawa (PSG), 25; com Aymen Abdennour (Valencia), 15.
Depois de todo esse investimento, ambas as equipes buscam se manter no topo do futebol europeu, como entidades vencedoras e influentes no cenário continental.
A melhor forma de fazer isso, segundo Rob Wilson, é formando jogadores. "Não há dúvida que investir nas categorias de base é a maneira mais rentável de fazer uma equipe funcionar. O Monaco adotou esse modelo rapidamente. O City está fazendo isso mais lentamente".
No quesito revelação de jogadores, o Monaco tem boa experiência, já que foi responsável pela formação de grandes nomes da história do futebol francês, como Thuram, Petit, Henry e Trezeguet, entre outros.
Hoje, o Monaco segue a mesma filosofia. Das categorias de base do clube do Principado vêm jogadores de grande projeção e talento, como Abdou Diallo, Kevin Ndoram, Loic Badiashile e, principalmente, Kylan Mbappé.
"A principal diferença entre Monaco e City é o dinheiro recebido pelos direitos de transmissão televisiva, que permite aos ingleses seguir investindo em jogadores já consagrados", afirma Rob Wilson.
Nesta temporada, de fato, o Manchester City gastou 213 milhões de euros em contratações, enquanto o Monaco só investiu 47,5 milhões de euros.
- Prováveis escalações:
Manchester City: Caballero - Sagna, Stones, Kolarov, Fernandinho (ou Otamendi) - Yayá Touré, Silva - De Bruyne, Sterling, Sané - Agüero. T: Pep Guardiola (ESP)
Monaco: Subasic - Sidibé, Glik, Raggi, Mendy - Fabinho, Bakayoko - Silva, Moutinho (ou Germain), Lemar - Falcao. T: Leonardo Jardim (POR)
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (ESP)
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