Froome conquista equilibrado Tour de France pela 4ª vez
Paris, 24 Jul 2017 (AFP) - O hino britânico soou alto no Champs-Elysées no domingo para saudar o novo triunfo de Chris Froome, seu quarto título de Tour de France, que em sua 104ª edição empolgou os fãs pelo equilíbrio e emoção.
Após o sprint final vencido pelo holandês Dylan Groenewegen, ao fim da 21ª e última etapa, o francês Romain Bardet deu alegria ao torcedor local, garantido um lugar no pódio geral pelo segundo ano consecutivo. Mas os dois lugares mais altos pertenceram a Froome e ao vice-campeão, o colombiano Rigoberto Uran.
"O Tour mais equilibrado", já antevia Froome, em declaração no dia da largada, em Dusseldorf, no dia 1º de julho. Após 3540 quilômetros de estrada, o tempo separando o britânico do segundo colocado (54 segundos sobre Uran) é o menor dos últimos anos. Já a velocidade média da prova foi a segunda maior da história (40,995 km/h).
A tendência percebida no ano passado se confirmou. Froome, agora com 32 anos, perdeu sua superioridade nas montanhas. Mas sua equipe, a Sky, continua sendo -de longe- a grande potência do pelotão e seus talentos individuais se fortaleceram.
"Froome não larga nada", constatou o diretor do Tour, Christian Prudhomme. "No momento em que tem a mínima possibilidade, ele busca explorá-la".
Em segundo plano nas grandes etapas disputadas nos Pirineus, onde deixou a camisa amarela escapar e ficar com o campeão italiano Fabio Aru por dois dias, Froome soube controlar os rivais nas outras provas montanhosas antes de apostar todas as fichas em seu maior trunfo: o contrarrelógio.
- As esperanças francesas -"Este ano, a montanha praticamente não fez diferença entre os melhores", analisou Prudhomme. "Por outro lado, os contrarrelógios foram responsáveis por abrir as distâncias".
Em 36,5 quilômetros, primeiro em Dusseldorf e depois em Marselha, Froome abriu vantagem em sua especialidade. Para se manter na ponta no resto do Tour, apostou na ajuda de sua forte equipe, que conta com nomes de peso com o campeão do mundo-2014, Michal Kwiatkowski, além de Geraint Thomas e Richie Porte.
Os outros medalhões do Tour ficaram em segundo plano. O colombiano Nairo Quintana (12º) pagou pelo cansaço realizado no Giro da Itália. O espanhol Alberto Contador (9º), no crepúsculo da carreira, acusou o peso da idade no que deve ser sua última aparição no Tour, depois de conquistar a competição duas vezes (2007, 2009).
A oposição só veio de três corredores. Uran manteve a presença colombiana no pódio, mas nunca esteve perto o suficiente para ameaçar Froome. Bardet, grande esperança do ciclismo francês, que não vê um atleta da casa conquistar o Tour desde 1985 (Berbard Hinault), chegou a sonhar com a camisa amarela, mas ficou para trás no último contrarrelógio, na penúltima etapa.
Bardet manteve seu lugar no pódio por apenas um segundo, logo à frente do espanhol Mikel Landa, outro companheiro de Sky de Froome.
- Branca com bolinhas para Barguil -Se Bardet não conseguiu vestir a tão sonhada camisa amarela, outro francês, Warren Barguil, empolou o público com sua ousadia e agressividade nas provas de montanha, o que lhe valeu a tradicional camisa branca com bolinhas, dada ao melhor escalador do Tour.
"Ainda parece que estou sonhando. É muito louco!", comemorou o jovem bretão de 25 anos, que virou xodó dos franceses.
Seu colega da equipe Sunweb, o australiano Michael Matthews, ficou com a camisa verde de melhor sprinter, herdada do eslovaco Peter Sagan (excluído da competição na 4ª rodada por colocar em risco os adversário durante um sprint).
Se Froome, que encostou de vez nos recordistas de títulos do Tour de France (Anquetil, Merckx, Hinault, Indurain, todos com 5), é presença carimbada na cerimônia de premiação nos Champs-Elysées, Barguil e Matthews se tornaram as grandes novidades. A nova geração, porém, precisa provar que tem capacidade para destronar o 'rei' Froome.
"Ele voltará para vencer novamente", prometeu o diretor esportivo da Sky, Nicolas Portal, elogiando "a força mental e a resistência ao estresse" de Froome. O encontro está marcado para 7 de julho de 2018, data da primeira etapa do próximo Tour de France.
jm/lrb/am
SKY
Após o sprint final vencido pelo holandês Dylan Groenewegen, ao fim da 21ª e última etapa, o francês Romain Bardet deu alegria ao torcedor local, garantido um lugar no pódio geral pelo segundo ano consecutivo. Mas os dois lugares mais altos pertenceram a Froome e ao vice-campeão, o colombiano Rigoberto Uran.
"O Tour mais equilibrado", já antevia Froome, em declaração no dia da largada, em Dusseldorf, no dia 1º de julho. Após 3540 quilômetros de estrada, o tempo separando o britânico do segundo colocado (54 segundos sobre Uran) é o menor dos últimos anos. Já a velocidade média da prova foi a segunda maior da história (40,995 km/h).
A tendência percebida no ano passado se confirmou. Froome, agora com 32 anos, perdeu sua superioridade nas montanhas. Mas sua equipe, a Sky, continua sendo -de longe- a grande potência do pelotão e seus talentos individuais se fortaleceram.
"Froome não larga nada", constatou o diretor do Tour, Christian Prudhomme. "No momento em que tem a mínima possibilidade, ele busca explorá-la".
Em segundo plano nas grandes etapas disputadas nos Pirineus, onde deixou a camisa amarela escapar e ficar com o campeão italiano Fabio Aru por dois dias, Froome soube controlar os rivais nas outras provas montanhosas antes de apostar todas as fichas em seu maior trunfo: o contrarrelógio.
- As esperanças francesas -"Este ano, a montanha praticamente não fez diferença entre os melhores", analisou Prudhomme. "Por outro lado, os contrarrelógios foram responsáveis por abrir as distâncias".
Em 36,5 quilômetros, primeiro em Dusseldorf e depois em Marselha, Froome abriu vantagem em sua especialidade. Para se manter na ponta no resto do Tour, apostou na ajuda de sua forte equipe, que conta com nomes de peso com o campeão do mundo-2014, Michal Kwiatkowski, além de Geraint Thomas e Richie Porte.
Os outros medalhões do Tour ficaram em segundo plano. O colombiano Nairo Quintana (12º) pagou pelo cansaço realizado no Giro da Itália. O espanhol Alberto Contador (9º), no crepúsculo da carreira, acusou o peso da idade no que deve ser sua última aparição no Tour, depois de conquistar a competição duas vezes (2007, 2009).
A oposição só veio de três corredores. Uran manteve a presença colombiana no pódio, mas nunca esteve perto o suficiente para ameaçar Froome. Bardet, grande esperança do ciclismo francês, que não vê um atleta da casa conquistar o Tour desde 1985 (Berbard Hinault), chegou a sonhar com a camisa amarela, mas ficou para trás no último contrarrelógio, na penúltima etapa.
Bardet manteve seu lugar no pódio por apenas um segundo, logo à frente do espanhol Mikel Landa, outro companheiro de Sky de Froome.
- Branca com bolinhas para Barguil -Se Bardet não conseguiu vestir a tão sonhada camisa amarela, outro francês, Warren Barguil, empolou o público com sua ousadia e agressividade nas provas de montanha, o que lhe valeu a tradicional camisa branca com bolinhas, dada ao melhor escalador do Tour.
"Ainda parece que estou sonhando. É muito louco!", comemorou o jovem bretão de 25 anos, que virou xodó dos franceses.
Seu colega da equipe Sunweb, o australiano Michael Matthews, ficou com a camisa verde de melhor sprinter, herdada do eslovaco Peter Sagan (excluído da competição na 4ª rodada por colocar em risco os adversário durante um sprint).
Se Froome, que encostou de vez nos recordistas de títulos do Tour de France (Anquetil, Merckx, Hinault, Indurain, todos com 5), é presença carimbada na cerimônia de premiação nos Champs-Elysées, Barguil e Matthews se tornaram as grandes novidades. A nova geração, porém, precisa provar que tem capacidade para destronar o 'rei' Froome.
"Ele voltará para vencer novamente", prometeu o diretor esportivo da Sky, Nicolas Portal, elogiando "a força mental e a resistência ao estresse" de Froome. O encontro está marcado para 7 de julho de 2018, data da primeira etapa do próximo Tour de France.
jm/lrb/am
SKY
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.