Temores de um ataque da Coreia do Norte nos Jogos de Inverno são "exagerados"
Pyeongchang, Coreia do Sul, 31 Out 2017 (AFP) - A cem dias do início dos jogos Olímpicos de inverno na Coreia do Sul, o responsável pela organização do evento, Lee Hee-Beom, rejeitou os temores de um ataque da vizinha Coreia do Norte, o que classifica de "exagero".
No mês passado, vários países, entre eles França, Alemanha e Áustria, questionaram o dispositivo de segurança em volta dos atletas durante evento.
Os Jogos de 2018 serão disputados entre os dias 9 e 25 de fevereiro em Pyeongchang, na Coreia do Sul, a cerca de 80 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte.
Pyongyang, capital da Coreia do Norte, realizou em setembro seu sexto teste nuclear, o mais potente de todos. As tensões se mantêm altas na região devido aos testes e aos lançamentos de mísseis realizados pelo regime norte-coreano, em meio a declarações polêmicas do presidente norte-americano Donald Trump.
O presidente do comitê organizador (Pocog), Lee Hee-Beom, declarou à AFP que esses temores são excessivos. Existem planos de emergência, mas estes não serão colocados em prática, garantiu.
"A Coreia não está dividida desde ontem, está desde 1945", lembrou o dirigente.
A Coreia do Sul organizou vários "eventos esportivos muito seguros" e "Pyeongchang não é a exceção". Os temores são "um exagero".
O movimento olímpico expressou recentemente seu apoio "incondicional" ao comitê organizador, apesar das tensões diplomáticas.
- Enigma da participação norte-coreana -Lee se referia aos Jogos Olímpicos de Seul em 1988 e a Copa do Mundo de 2002. Ambos os eventos não tiveram incidentes. Durante a Copa, porém, os exércitos dos dois países vizinhos se enfrentaram na ilha de Yeonpyeong.
De qualquer maneira, a ONU adotará em novembro uma resolução apelando ao cessar fogo de todos os conflitos antes e durante os Jogos.
Contudo, Pyongyang não costuma levar em consideração as resoluções da ONU, que proíbe todo programa nuclear e balístico.
"A Coreia do Norte violou resoluções contra um país, mas se fizer algo, se tratará de uma violação contra o mundo todo", alertou Lee.
O chefe do comitê organizador deu entrevista coletiva em Pyeongchang, antes de voar à Grécia para receber a chama olímpica, que chegará à Coreia do Sul na quarta-feira.
A chama percorrerá 2.018 quilômetros pelo país, evitando a região próxima à fronteira do norte.
Resta saber se a Coreia do Norte participará dos Jogos. O país não participou dos Jogos de Seul em 1988 e as autoridades informaram à AFP que ainda não tomaram uma decisão final.
Os únicos norte-coreanos classificados até o momento são dois patinadores artísticos, mas o COI consultará as federações sobre um possível envio de convites excepcionais.
- Compra de ingressos -A presença dos norte-coreanos seria uma garantia de segurança, segundo Lee.
"Os que respeitam a paz podem e devem participar dos Jogos. A Coreia do Norte não é uma exceção", insistiu.
Enquanto isso, as autoridades e bancos aceitaram adquirir ingressos para encher as arquibancadas, diante da pouca procura do público.
O país anfitrião não é uma potência tradicional nos esportes de inverno como a América do Norte ou a Europa, e a participação de atletas sul-coreanos será crucial para tornar o evento um sucesso.
Até o momento, os torcedores do país asiático só compraram 160.000 ingressos dos 1,8 milhão disponíveis.
"O sul-coreanos gostam de comprar na última hora. Tenho certeza que os recintos estarão cheios", concluiu Lee.
slb-sh/iga/am
No mês passado, vários países, entre eles França, Alemanha e Áustria, questionaram o dispositivo de segurança em volta dos atletas durante evento.
Os Jogos de 2018 serão disputados entre os dias 9 e 25 de fevereiro em Pyeongchang, na Coreia do Sul, a cerca de 80 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte.
Pyongyang, capital da Coreia do Norte, realizou em setembro seu sexto teste nuclear, o mais potente de todos. As tensões se mantêm altas na região devido aos testes e aos lançamentos de mísseis realizados pelo regime norte-coreano, em meio a declarações polêmicas do presidente norte-americano Donald Trump.
O presidente do comitê organizador (Pocog), Lee Hee-Beom, declarou à AFP que esses temores são excessivos. Existem planos de emergência, mas estes não serão colocados em prática, garantiu.
"A Coreia não está dividida desde ontem, está desde 1945", lembrou o dirigente.
A Coreia do Sul organizou vários "eventos esportivos muito seguros" e "Pyeongchang não é a exceção". Os temores são "um exagero".
O movimento olímpico expressou recentemente seu apoio "incondicional" ao comitê organizador, apesar das tensões diplomáticas.
- Enigma da participação norte-coreana -Lee se referia aos Jogos Olímpicos de Seul em 1988 e a Copa do Mundo de 2002. Ambos os eventos não tiveram incidentes. Durante a Copa, porém, os exércitos dos dois países vizinhos se enfrentaram na ilha de Yeonpyeong.
De qualquer maneira, a ONU adotará em novembro uma resolução apelando ao cessar fogo de todos os conflitos antes e durante os Jogos.
Contudo, Pyongyang não costuma levar em consideração as resoluções da ONU, que proíbe todo programa nuclear e balístico.
"A Coreia do Norte violou resoluções contra um país, mas se fizer algo, se tratará de uma violação contra o mundo todo", alertou Lee.
O chefe do comitê organizador deu entrevista coletiva em Pyeongchang, antes de voar à Grécia para receber a chama olímpica, que chegará à Coreia do Sul na quarta-feira.
A chama percorrerá 2.018 quilômetros pelo país, evitando a região próxima à fronteira do norte.
Resta saber se a Coreia do Norte participará dos Jogos. O país não participou dos Jogos de Seul em 1988 e as autoridades informaram à AFP que ainda não tomaram uma decisão final.
Os únicos norte-coreanos classificados até o momento são dois patinadores artísticos, mas o COI consultará as federações sobre um possível envio de convites excepcionais.
- Compra de ingressos -A presença dos norte-coreanos seria uma garantia de segurança, segundo Lee.
"Os que respeitam a paz podem e devem participar dos Jogos. A Coreia do Norte não é uma exceção", insistiu.
Enquanto isso, as autoridades e bancos aceitaram adquirir ingressos para encher as arquibancadas, diante da pouca procura do público.
O país anfitrião não é uma potência tradicional nos esportes de inverno como a América do Norte ou a Europa, e a participação de atletas sul-coreanos será crucial para tornar o evento um sucesso.
Até o momento, os torcedores do país asiático só compraram 160.000 ingressos dos 1,8 milhão disponíveis.
"O sul-coreanos gostam de comprar na última hora. Tenho certeza que os recintos estarão cheios", concluiu Lee.
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