Federação de Ginástica dos EUA autoriza atleta a falar de assédio
Los Angeles, 17 Jan 2018 (AFP) - A Federação Americana de Ginástica recuou nesta quarta-feira e permitirá que a campeã olímpica McKayla Maroney fale publicamente sobre os abusos sexuais que sofreu por parte do então médico da equipe Larry Nassar.
Como parte do acordo para indenizar a família Maroney em 1,25 milhão de dólares, a USA Gymnastics havia obtido o compromisso de McKayla de não falar sobre o caso, sob pena de multa de 100.000 dólares.
O acerto, revelado esta semana pela imprensa americana, chocou o país e fez com que várias personalidades, incluindo a modelo Chrissy Teigen, propusessem pagar a multa para que McKayla - campeã olímpica em Londres-2012 - pudesse contar sua experiência.
"USA Gymnastics jamais tentou e nunca tentará tirar dinheiro de McKayla Maroney por suas valentes revelações sobre os atos e abusos de Larry Nassar", destacou a organização.
"Ela tem o direito de se expressar, a USA Gymnastics incentiva isto, como fez com outras vítimas de abuso sexual. Nossa prioridade segue sendo proporcionar a nossos atletas segurança, saúde e bem-estar, assim como um ambiente favorável".
Já o advogado John Manly, que representa a ginasta, criticou a Federação: "sejamos claros, a USA Gymnastics reverteu sua decisão apenas porque a opinião pública não aceitou seu comportamento...".
Larry Nassar, cujo julgamento começou esta semana em um tribunal de Lansing, Michigan, é acusado de agressão sexual por mais de 100 ginastas, incluindo a estrela Simone Biles.
Nassar foi condenado em dezembro passado a 60 anos de prisão por posse de pornografia infantil.
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