Ginástica: Comitê tenta revogar status de federação dos EUA após escândalo
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) iniciou um procedimento para retirar da Federação de Ginástica sua condição de membro do conselho do organismo, devido ao escândalo de abusos sexuais envolvendo o médico Larry Nassar.
"Hoje, o Comitê Olímpico de Estados Unidos adotou uma queixa contra a USA Gymnastics que busca revogar seu reconhecimento como membro do Conselho de Administração Nacional do USOC", declarou a diretora-geral da organização, Sarah Hirshland.
A decisão de desmantelar o organismo em sua forma atual irá agora a um painel que analisará o caso, emitirá um relatório e fará uma recomendação sobre a direção a seguir, que será enviado à junta de diretores do Comitê Olímpico, que determinará o prosseguimento ou não da dissolução da Federação de Ginástica.
"Nos encontramos diante de uma situação para a qual não há uma solução perfeita. Dissolver a Federação de Ginástica não é uma decisão fácil".
A Federação de Ginástica está envolta em um escândalo há vários meses, desde as denúncias que expuseram o então médico da equipe, Larry Nassar, agressor sexual de centenas de atletas durante décadas.
As vítimas do médico acusaram os dirigentes da dederação de ignorar as persistentes denúncias contra Nassar, condenado no início do ano à prisão perpétua por agressão sexual contra 265 vítimas, a maioria menores.
Desde o início do escândalo, um dos mais graves da história do esporte americano e mundial, a USA Gymnastics não tem presidente e sua diretora interina, Mary Bono, nomeada em 12 de outubro, pediu demissão quatro dias depois após críticas das campeãs Simone Biles e Alexandra Raisman.
Bono tinha substituído Kerry Perry, que deixou o cargo apenas nove meses após ser nomeada diante de críticas do USOC.
A decisão chega dois dias após o final do Mundial de Ginástica de Doha, no qual Biles obteve quatro títulos (concurso por equipes, concurso geral, salto e solo), uma prata (barras assimétricas) e um bronze (salto sobre cavalo).
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