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Astros da NBA fazem doações para reduzir prejuízo de funcionários

Por risco de coronavírus, Oklahoma City Thunder x Utah Jazz, pela NBA, foi um dos jogos adiados - Alonzo Adams-USA TODAY Sports
Por risco de coronavírus, Oklahoma City Thunder x Utah Jazz, pela NBA, foi um dos jogos adiados Imagem: Alonzo Adams-USA TODAY Sports

14/03/2020 16h12

Los Angeles, 14 Mar 2020 (AFP) — Giannis Antetokounmpo e o novato Zion Williamson estão no grupo de figuras e equipes da NBA que se comprometeram na sexta-feira a apoiar financeiramente os trabalhadores afetados pela paralisação causada pelo coronavírus.

Os funcionários das arenas onde a NBA é disputada sofreram o impacto nesta semana com a suspensão repentina não apenas da competição - que durará pelo menos um mês — mas também de outros esportes, como a Liga Nacional de Hóquei no Gelo (NHL), concertos e grandes eventos agora proibidos, como medida para evitar uma maior disseminação da pandemia.

São vendedores de alimentos, camisetas e produtos promocionais, assistentes de torcedores, funcionários de bilheteria e de limpeza e outras ocupações, cujos salários geralmente dependem do número de horas trabalhadas.

Uma vez que a suspensão da NBA entrou em vigor na quinta-feira, decretada após o primeiro caso de um jogador com coronavírus ser revelado, vários proprietários de equipes como Mark Cuban (Dallas Mavericks) e jogadores tentaram chamar a atenção para a situação em que esses trabalhadores ficaram.

Um deles é Giannis Antetokounmpo, o atual jogador mais valioso da NBA (MVP), que prometeu doar cem mil dólares a funcionários do FiServ Forum, casa do Milwaukee Bucks.

Essa situação "é maior que o basquete", disse Antetokounmpo em sua conta no Twitter. "E durante esses tempos difíceis, quero ajudar as pessoas que facilitam minha vida, minha família e meus colegas".

"Podemos superar isso juntos!", declarou o astro grego.

Os desafios do Katrina

Também na sexta-feira, o estreante Zion Williamson, o número 1 no Draft 2019, prometeu pagar por um mês os salários dos funcionários do Smoothie King Center em Nova Orleans, cidade que, 15 anos depois, ainda não conseguiu se recuperar totalmente do impacto causado pelo furacão Katrina.

"Essas são as pessoas que tornam nossos jogos possíveis (...) Infelizmente, muitos deles ainda estão se recuperando dos desafios de longo prazo provocados pelo Katrina e agora estão enfrentando o impacto econômico do adiamento de jogos devido ao vírus", explicou no Twitter, o ala-pivô dos Pelicans, de 19 anos.

Essa ajuda financeira "é uma pequena forma de expressar meu apoio e apreço por essas pessoas maravilhosas que foram tão boas para mim e para meus colegas", destacou.

Um dia antes, Kevin Love também havia anunciado que doaria cem mil dólares aos trabalhadores da arena do Cleveland Cavaliers. "Espero que, durante este período de crise, outros se juntem a mim no apoio às nossas comunidades", disse o veterano ala-pivô, enfatizando que o incentivo moral é tão importante quanto o apoio econômico nesses tempos de incerteza.

Por parte dos proprietários, poucas equipes confirmaram publicamente que compensarão as perdas sofridas pelos funcionários durante esse hiato, incluindo o Cleveland Cavaliers e o Atlanta Hawks.

Um dos primeiros proprietários a dar esse passo foi Mark Cuban, que rapidamente antecipou que o Dallas Mavericks planejou um plano para compensar os trabalhadores que cobram por hora "como se tivessem trabalhado" nos quatro primeiros jogos da equipe que foram suspensos.

E na sexta-feira, foram os Golden State Warriors que anunciaram que, entre seus donos, técnicos e jogadores, vão contribuir com um milhão de dólares para um fundo de apoio a mais de mil trabalhadores de meio período do Chase Center.