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Olimpíada de Tóquio pode começar em julho de 2021, diz TV japonesa

29/03/2020 08h22

A organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 devido à pandemia de coronavírus, mas sem uma data definida até o momento, estuda a possibilidade de início do evento em julho, informou a emissora japonesa NHK.

Os Jogos estavam programados para acontecer entre 24 de julho e 9 de agosto de 2020, antes do anúncio do adiamento na terça-feira passada. A nova data para a cerimônia de abertura seria 23 de julho de 2021, de acordo com o canal público japonês, que citou fontes internas do comitê de organização.

Após o adiamento dos Jogos, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que todas as opções estavam sobre a mesa a respeito da nova data, "antes ou durante o verão (hemisfério norte de 2021".

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, citou na sexta-feira a possibilidade de organizar os Jogos em um período diferente do verão, quando as temperaturas na capital são menores, mas esta não parece a opção com mais chances, de acordo com a NHK.

As novas datas dos Jogos de Tóquio representam um desafio, ressaltou Bach, em referência ao calendário esportivo que passará por grandes mudanças após a suspensão de quase todas as competições devido à pandemia.

Um grupo de trabalho criado pelo COI, que recebeu no nome 'Here we go', tenta definir as novas datas em colaboração com a organização de Tóquio-2020 e as 33 federações internacionais presentes no programa olímpico.

As negociações podem chegar a uma conclusão dentro de uma semana, afirmou no sábado Yoshiro Mori, presidente do comitê de organização dos Jogos de Tóquio.

Na terça-feira, durante o anúncio do adiamento, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe declarou que os próximos Jogos serão "o testemunho da derrota do vírus" para a humanidade.

A NHK informou que a chama olímpica será exposta durante um mês no complexo esportivo J-Village de Fukushima, que serviu de alojamento para milhares de trabalhadores humanitários na luta contra as consequências da catástrofe nuclear de 2011.