Proprietários de apartamentos na Vila Olímpica de Tóquio exigem indenizações
Cerca de vinte compradores que esperavam tomar posse de seus apartamentos após o desmantelamento da Vila Olímpica em Tóquio iniciaram um processo judicial nesta segunda-feira (1o), pedindo indenizações relacionadas ao adiamento dos Jogos Olímpicos, anunciou seu advogado.
As instalações, concebidas para abrigar mais de 10.000 atletas e líderes na Vila Olímpica, devem ser transformadas após os Jogos em milhares de apartamentos com grandes vistas da capital japonesa, alguns avaliados em 170 milhões de yenes (1,62 milhão de dólares).
Cerca de 900 deles já foram vendidos antes do adiamento dos Jogos de julho de 2020 a julho de 2021 devido à pandemia, obrigando os novos proprietários a adiar a mudança em ao menos um ano.
No total, 24 compradores solicitaram a arbitragem do tribunal de primeira instância de Tóquio pedindo uma indenização aos 10 promotores imobiliários, entre eles Mitsui Fudosan, sem estabelecer um valor.
"Pedimos para iniciar negociações, mas eles responderam que não era necessário", declarou seu advogado Hironobu Todoroki à AFP.
"Devido ao adiamento, os filhos de alguns compradores serão obrigados a mudar de escola até que finalmente possam se mudar para seu novo apartamento", acrescentou Todoroki.
"Muitos também venderam seu antigo apartamento e pediram um empréstimo para financiar o novo", disse o advogado, destacando que os compradores poderiam iniciar processos judiciais formais se as empresas se recusarem a falar.
O projeto conta com mais de vinte torres em frente à baía de Tóquio. O terreno de 18 hectares também deve incluir escolas, uma quadra de jogos, uma piscina e uma academia.
O governo japonês, os organizadores da Tóquio-2020 e o Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmam que os Jogos poderão se desenvolver com segurança este ano, apesar das dúvidas sobre o destino do evento, quando a pandemia continua se propagando no mundo.
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