Casos de covid na delegação da África do Sul na Vila Olímpica geram receios de surto
Tóquio, 18 Jul 2021 (AFP) - Dois jogadores e um técnico da equipe sul-africana de futebol instalados na Vila Olímpica deram positivo à covid-19 neste domingo (18), gerando receios de um foco da doença na Vila.
Na manhã deste domingo, 18, o comitê organizador de Tóquio 2020 anunciou que três casos positivos "do mesmo país e do mesmo esporte" foram detectados na Vila Olímpica, sem maiores detalhes.
A África do Sul enfrentará o México, França e Japão no torneio olímpico masculino de futebol, que começa na quinta-feira, na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos.
"Três membros da delegação da equipe sul-africana de futebol deram positivo à covid-19 e estão isolados em um local adequado", afirmou o comitê olímpico sul-africano em um comunicado, destacando que o restante da equipe deu negativo.
Tóquio 2020 havia explicado antes que os dois atletas positivos e seu acompanhante foram "isolados em seu quarto" e seus "contatos estreitos foram identificados".
Esses "contatos" foram submetidos imediatamente a testes de covid e deverão "comer em seu quarto, treinar separadamente e pegar transportes separados", explicou Pierre Ducrey, diretor adjunto dos Jogos no Comitê Olímpico Internacional (COI).
- Casos "inevitáveis" -A duração dessas medidas, que influenciam na vida do grupo assim como na preparação da competição, dependerá do que decidir o "centro de controle" anti-covid na Vila Olímpica.
"Apenas quando os especialistas determinarem que não representa nenhum risco para os outros, alguém (que foi contaminado) poderá se unir à sua equipe", detalhou Pierre Ducrey.
Um quarto caso, que afeta um treinador, foi identificado na equipe de rugby VII sul-africana, concentrado no Japão, mas que não está ainda na Vila Olímpica.
A federação sul-africana especificou que é o técnico dos 'Blitzboks', Neil Powell, e explicou que a equipe havia sido isolada na chegada a Tóquio na quarta-feira após um caso positivo de um passageiro no voo de Doha. Por fim, a equipe não foi considerada um caso de contato e recebeu luz verde para ir ao campo de concentração de Kagoshima com quatro dias de atraso.
Esses não são os primeiros casos de covid-19 relacionados aos Jogos, já que o COI contabilizava neste domingo 55 testes positivos entre os 30.000 realizados em 18.000 atletas, profissionais de suas equipes, oficiais ou jornalistas que chegaram no Japão desde 1º de julho.
O COI também confirmou que um de seus membros, o sul-coreano Seung Min Ryu, deu positivo ao chegar no arquipélago. Na terça e quarta-feira, os 102 membros dessa instância se reunirão em um hotel da capital japonesa para sua assembleia geral.
O foco sul-africano na Vila Olímpica ilustra os temores de uma infecção em cascata neste local sem igual no mundo esportivo, desafiando as medidas anticovid preparadas há meses.
"É inevitável que tenhamos casos", reconheceu neste domingo Christophe Dubi, diretor dos Jogos no COI, consciente do temor de uma parte da população japonesa com este evento global.
Ele afirmou, no entanto, que "tudo está pronto para limitar as relações e manter o risco" de infecção em cadeia "em um mínimo absoluto".
Os casos positivos ligados aos Jogos são marginais por enquanto, destacou no sábado o presidente do COI, Thomas Bach, que promete há meses uns Jogos Olímpicos "seguros" tanto para os participantes quanto para a população japonesa.
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