Político uruguaio pede liberação de bebida alcóolica em fim de semana da Libertadores
Um legislador uruguaio propôs nesta quarta-feira (10) a suspensão da proibição da venda de bebida alcoólica no fim de semana de 27 e 28, período de eleição no Uruguai e fim de semana da final da Libertadores 2021.
"Coincide com a eleição das BPS, o que é importante, mas limita claramente o turismo e o lazer de todos aqueles que vêm para acompanhar uma final de futebol", disse o senador Germán Coutinho nesta quarta-feira em comunicado à imprensa, após a apresentação do projeto de lei para suspender a proibição apenas dessa vez.
No domingo, 28 de novembro, serão realizadas no Uruguai as eleições obrigatórias para o Banco da Previdência Social (BPS), o instituto governamental de previdência social. Cerca de 1,8 milhão de uruguaios estão autorizados a votar nos representantes de trabalhadores, aposentados e empresas.
Como em qualquer eleição nacional, a proibição da venda de bebidas alcoólicas valerá a partir das 19h30 (hora local) do dia anterior, pouco depois do encerramento da partida final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, no estádio Centenário, em Montevidéu.
"A proibição tem outro espírito. Foi pensada para as eleições nacionais, onde há muito mais paixão, mais competição e onde há um momento de paz e reflexão", declarou o político, acrescentando que neste caso "coincide com um acontecimento que o Uruguai espera há muito tempo, que vai atrair a atenção da América e do mundo".
O setor de turismo espera a chegada de milhares de turistas para o jogo da decisão continental, bem como para a partida decisiva da Sul-Americana, que também será disputada por duas equipes brasileiras, o Athletico-PR e o Red Bull Bragantino, no sábado anterior, 20 de novembro.
Os hotéis em Montevidéu, assim como em várias províncias próximas, estão lotados para os dois fins de semana, e os preços das acomodações privadas dispararam diante da chegada de um grande número de torcedores. O presidente da entidade que reúne proprietários de bares e restaurantes do Uruguai (Cambadu), Daniel Fernández, disse ao 'El País' no final de outubro que a Conmebol havia solicitado ao setor "a abundância de cerveja (...) bem 'gelada'".
A Justiça Eleitoral do país esclareceu que a norma que proíbe a venda de álcool durante as eleições não estabelece penalidades para o descumprimento.
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