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'Não disse não ao Real Madrid, disse sim à França', afirma Mbappé

O atacante Kylian Mbappé renovou seu contrato com o PSG até 2025 - John Berry/Getty
O atacante Kylian Mbappé renovou seu contrato com o PSG até 2025 Imagem: John Berry/Getty

Da AFP

De Paris, França

23/05/2022 14h30

Ao renovar com o Paris Saint-Germain, apesar da proposta do Real Madrid, o atacante Kylian Mbappé "disse sim à França e a um novo projeto", conforme afirmou o próprio jogador em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

"Não disse não ao Real Madrid, disse sim à França e a um novo projeto do PSG. Foi um chamado da pátria e da capital... Era um pouco cedo para sair assim, grátis, embora saísse pela porta da frente pelo meu rendimento. Um jogador tem que ir bem dentro e fora de campo", disse o jogador.

Confira outras respostas de Mbappé na coletiva de imprensa realizada hoje (23).

Até que ponto você quer ter influência nas contratações do clube?

"É preciso saber confiar nas pessoas. Não se começa bem um projeto quando o principal jogador coloca pressão sobre o diretor esportivo para contratações, etc. Cada um tem o seu lugar. Não vou influenciar em nada e em nenhuma contratação ou venda. Não sou bom para isso. Sou bom no campo de jogo, é nele que quero me concentrar porque há muito trabalho.

Já conversou depois de sua decisão com Karim Benzema, seu companheiro na seleção, que queria jogar com você no Real Madrid?

"Não conversamos. Não queria exagerar. Não queria forçar as coisas. Quando nos encontrarmos, claro que conversaremos. Ele vai me perguntar os motivos e eu explicarei. É um companheiro, sei que ele queria que eu fosse (para o Real Madrid)".

E o que achou de sua publicação no Instagram (com o escudo do Real Madrid)?

Todos os jogadores do Real Madrid a publicaram... Não só ele. Não é preciso ser um universitário para saber que vem um pouco mais de cima (risos)".

Você recebeu garantias sobre a continuação do técnico Mauricio Pochettino?

"A única garantia que tenho é que ele tem contrato até 2023. Por enquanto, deve seguir como treinador. Tenho uma grande relação com ele. É o clube que vai decidir".

Como você recebeu as críticas do Real Madrid?

"Não tinha nenhum acordo com ninguém. Sempre funcionou assim. É conversar com um clube, traçar um contrato e aí eu escolho. Já aconteceu de eu assinar nos últimos dias da janela, escolher e depois traçar o contrato, mas aí você fica pressionado porque o tempo etá acabando (quando assinou com o PSG em 2017). Posso entender a decepção. Agradeço por terem quisto me aceitar como um dos seus. Não disse não ao Real Madrid, disse sim à França e a um novo projeto do PSG. Foi um chamado da pátria e da capital... Era um pouco cedo para sair assim, grátis, embora saísse pela porta da frente pelo meu rendimento. Um jogador tem que ir bem dentro e fora de campo".

Você se sente como um embaixador do Campeonato Francês e da França?

"Embaixador? Sim, sou um embaixador! Têm que me pagar! (risos) Está claro que nosso campeonato e nosso futebol foram desprestigiados demais para que seus principais jogadores não o defendam. Hoje, quando vemos nossa seleção, os jogadores que jogam nos grandes clubes, não temos do que nos envergonhar. Não temos que nos achar melhores do que somos, mas a França tem um lugar importante no futebol. É importante lembrarmos sempre disso e estarmos orgulhosos".

Você pode ser Bola de Ouro mais facilmente em Paris do que em Madri?

"Em Madri há uma história. Não se pode comparar Madri e Paris. O Real Madrid é um clube muito mais antigo que o PSG, que é um clube jovem. As regras da Bola de Ouro mudaram. Não importa o clube agora, não é como antes, que você dependia muito da sua equipe, do seu campeonato, do seu clube. Hoje em dia, a Bola de Ouro é simplesmente o melhor jogador do mundo. Não importa onde você joga, se você for o melhor, será Bola de Ouro".

Está previsto em seu novo contrato uma brecha para saída dentro de dois anos, especialmente pensando no que aconteceu no ano passado?

"Claro que pensamos. Existem parâmetros, antecedentes a levar em conta. Não se pode fazer um contrato curto demais, seria rir de todo mundo. Assim como está, está bem. Não é muito longo, não é muito curto, há tempo para se comprometer. Depois, dentro de três anos, não sei o que pode acontecer, mas agora estou comprometido com este novo projeto, com uma nova era, e acredito que fiz uma boa escolha".

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