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Ex-dono do Chelsea colaborou em troca de reféns entre Rússia e Grã-Bretanha

O oligarca russo Roman Abramovich comprou o Chelsea em 2003 - Andrew Winning/Reuters
O oligarca russo Roman Abramovich comprou o Chelsea em 2003 Imagem: Andrew Winning/Reuters

23/09/2022 09h09

O oligarca russo Roman Abramovich, ex-dono do Chelsea, viajou no avião que levou os cinco britânicos capturados pelas forças pró-Rússia na Ucrânia e teria desempenhado um "papel fundamental" na sua libertação, segundo o depoimento de um deles hoje à imprensa local.

John Harding, um dos cinco britânicos libertados na troca de prisioneiros de guerra entre Moscou e Kiev, explicou ao jornal The Sun que o magnata russo se apresentou a um dos prisioneiros, Shaun Pinner, no avião que os levou da Rússia para a Arábia Saudita.

Shaun Pinner "disse a ele: 'Você se parece muito com Roman Abramovich', e ele respondeu: 'Isso é porque sou eu'", de acordo com Harding.

Ele também afirma que conversou com o assessor do oligarca, que lhe garantiu que Abramovich desempenhou um "papel fundamental" na libertação dos cinco prisioneiros.

Desde 10 de março, Abramovich está sujeito a sanções do governo britânico, depois que as autoridades alegaram ter evidências de seus laços com o presidente russo, Vladimir Putin, devido à guerra na Ucrânia. Também está na lista de personalidades sancionadas pela União Europeia.

De acordo com o depoimento de John Harding, Shaun Pinner "conversou com ele (Abramovich) sobre futebol por um bom tempo" na viagem.

Os cinco britânicos - John Harding, Shaun Pinner, Aiden Aslin, Dylan Healy e Andrew Hill - foram libertados como parte de uma troca de prisioneiros de guerra de 10 pessoas, intermediada pela Arábia Saudita.

Os dois primeiros estavam condenados à morte, acusados de serem mercenários por autoridades separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.