Flamengo vence Athletico-PR (1-0) e é tricampeão da Copa Libertadores
O Flamengo conquistou sua terceira Copa Libertadores da América neste sábado ao derrotar o Athletico Paranaense por 1 a 0, em uma final brasileira disputada na cidade portuária equatoriana de Guayaquil.
O atacante Gabriel Barbosa voltou a ser o herói do time carioca com um gol nos acréscimos do primeiro tempo (45+4), três anos depois de marcar o gol do título de 2019, contra o River Plate, em Lima, no Peru.
Gabigol aproveitou um descuido da defesa paranaense que vinha dificultando a vida dos favoritos cariocas até a expulsão do zagueiro Pedro Henrique, que recebeu o segundo cartão amarelo no fim do primeiro tempo ao chegar atrasado em uma dividida (43).
"Fizemos uma grande preparação para este jogo e mereciamos ser campeões. Estou muito feliz, agora temos que comemorar bastante porque merecemos", disse o atacante.
"Primeiro agradecer a Deus pela benção, mais um título e mais um gol. Parece o primeiro em uma final, é sempre especial", afirmou ele.
Com um time cheio de estrelas, como o atacante Pedro e o uruguaio Arrascaeta, Dorival Júnior conquistou seu primeiro título continental como técnico, após 20 anos de carreira, consolidando a imagem de um treinador respeitado, embora sem muitos títulos de peso no currículo, e apegado ao bom jogo.
O título coroa uma excelente campanha, em que o Flamengo terminou invicto e acontece dez dias depois da conquista da Copa do Brasil contra o Corinthians, nos pênaltis.
Com essa conquista, o Flamengo conseguiu também a vaga no Mundial de Clubes de 2023, ainda sem data ou sede. O time carioca também enfrentará o Independiente del Valle equatoriano, que se sagrou recentemente campeão da Copa Sul-Americana, na Recopa Sul-Americana do ano que vem.
- Expulsão e gol -
Um abraço caloroso de Dorival Júnior e do colega Luiz Felipe Scolari anunciou o que seria um duelo entre dois experientes treinadores do futebol brasileiro. Convencido de que o Flamengo poderia errar a qualquer momento, Felipão havia garantido que o formato de partida única poderia beneficiar seu time, que se tornou um "matador de gigantes" nesta edição da Libertadores, eliminando Libertad, Estudiantes de La Plata e o atual bicampeão Palmeiras.
De uniforme branco, o Athletico-PR esperou em seu campo com disciplina à espera de um erro do adversário.
Dessa forma, aproveitando especialmente as brechas deixadas pelo zagueiro adversário David Luiz e a irreverência do jovem atacante Vitor Roque, começou levando perigo à meta do goleiro Santos com maior determinação.
A extravagante proposta de Dorival Júnior esbarrou na muralha do Furacão.
Chegou até, sem sucesso, a deixar o início das jogadas a cargo dos zagueiros, que carregavam a bola até o meio de campo. O lateral-direito Rodinei foi um dos que tentaram.
O fantasma pairava sobre o Flamengo, que adquiriu a fama recente de arrasar nas fases iniciais dos torneios e fracassar nas partidas finais. No ano passado, perdeu a decisão para o Palmeiras.
No Estádio Monumental, que não ficou lotado mas recebeu uma grande torcida do Flamengo, o duelo era lá e cá.
Mas a estratégia de Scolari desmoronou quase no intervalo (aos 43 minutos). Pedro Henrique derrubou Ayrton Lucas e o árbitro argentino Patricio Loustau mostrou o segundo cartão amarelo.
Quatro minutos após a expulsão, o Flamengo aproveitou os acréscimos e fez o primeiro gol numa triangulação entre Rodinei, Éverton Ribeiro e Gabigol, que empurrou a bola após um passe do capitão rubro-negro da ponta direita.
- Redenção -
Esta foi a segunda redenção de Gabigol, que com uma dobradinha nos acréscimos (aos 90+2 e 90+5) virou a final da Libertadores de 2019 contra o River Plate em Lima.
Naquele momento era a maior glória do Flamengo em 38 anos, dos pés de um atacante que surgiu do Santos e com uma passagem sem muito brilho pelo futebol europeu entre 2016 e 2018.
A três semanas do Catar-2022, foi um recado endereçado ao técnico Tite, que não tem o ídolo do Flamengo entre os favoritos a vestir a camisa da seleção no Mundial.
A chama do Athletico-PR foi se esvaindo com o passar dos minutos, ao contrário do que havia demonstrado durante o campeonato. Para chegar à final, se classificou com gols nos últimos instantes nas oitavas de final, quartas de final e semifinais.
Em Guayaquil, o veterano Luiz Felipe Scolari pode ter dirigido sua última partida internacional já que poderá se dedicar à gestão esportiva.
O clube de maior torcida do Brasil entra no seleto grupo de brasileiros que já conquistaram três Libertadores, ao lado de Grêmio, Santos, São Paulo e Palmeiras.
Também é uma consolidação do domínio brasileiro no torneio.
As últimas três finais foram entre equipes do país. O Brasil (com 21) está próximo da Argentina (25) no ranking das nações com mais títulos do principal torneio do continente.
das/ol/ma/aam
© Agence France-Presse
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