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Alemanha está 'pronta para pagar multas' por críticas ao Qatar

Zagueiro Rüdiger sorri durante treino da Alemanha para a Copa do Qatar - Helios de la Rubia/Real Madrid via Getty Images
Zagueiro Rüdiger sorri durante treino da Alemanha para a Copa do Qatar Imagem: Helios de la Rubia/Real Madrid via Getty Images

18/11/2022 16h56

A Alemanha, que se manifestou a favor dos direitos humanos durante a Copa do Mundo, está "pronta para pagar as multas" por seus posicionamentos, declarou o presidente da Associação Alemã de Futebol (DFB), nesta sexta-feira (18). "Se houver sanções financeiras, a título pessoal estou pronto para pagar as multas", disse Bernd Neuendorf, que comanda a instituição.

A preparação para o torneio, que começa no domingo (20), foi tomada pela preocupação em respeito aos direitos dos trabalhadores, das mulheres e da comunidade LGBTQIA+ no emirado.

Manuel Neuer, goleiro e capitão da equipe alemã, juntamente com capitães de outras seleções europeias, se comprometeu a utilizar a braçadeira "One Love", que celebra a diversidade e inclusão.

"O gesto não é político, tem um valor de compromisso a favor dos direitos humanos. Não descartamos realizar outras ações", disse Neuendorf em resposta às declarações da Fifa sobre o assunto, acrescentando que é necessário "enviar uma mensagem forte".

"Dizer que não deveríamos nos concentrar nos direitos humanos durante a Copa do Mundo realmente me irritou", reforçou.

A entidade máxima do futebol, através de um pronunciamento do presidente Gianni Infantino, sugeriu que as 32 seleções participantes "se concentrem no futebol" e pediu às equipes que não "dessem mais lições de moral".

Recentemente, a Fifa proibiu a Dinamarca de treinar com camisas em apoio aos direitos humanos.

Neuendorf reiterou que a Federação Alemã não apoia a candidatura do dirigente à reeleição na presidência da entidade, em votação que acontece em março de 2023. No cargo desde 2016, o dirigente é o único candidato ao posto.

A Alemanha, tetracampeã em Copas do Mundo, faz sua estreia no torneio no dia 23 de novembro, contra o Japão.