Com Kane disponível, Inglaterra busca superar EUA e garantir vaga nas oitavas da Copa
Após uma ótima estreia na Copa do Mundo, a Inglaterra quer garantir a classificação às oitavas de final já nesta sexta-feira (25), na partida contra o Estados Unidos, e poderá contar com o seu capitão, Harry Kane.
Embalados pela vitória por 6 a 2 sobre o Irã no jogo de estreia da competição, os ingleses ficaram preocupados após Kane sofrer uma pancada e deixar o campo mancando, o que gerou dúvidas sobra sua presença no confronto contra dos Estados Unidos. Uma partida importante a equipe, que em caso de vitória já estará matematicamente classificada para as oitavas de final do torneio.
O atacante do Tottenham recebeu uma entrada perigosa no início do segundo tempo, mas só foi substituído por Callum Wilson 26 minutos depois, quando a equipe já vencia por 5 a 1.
Nesta quinta-feira, o técnico Gareth Southgate acabou com a incerteza ao confirmar que os exames médicos realizados em Kane não detectaram uma lesão significativa.
"Ele está bem. Hoje trabalhou um pouco mais individualmente, mas amanhã estará de volta à equipe e está tudo bem para o jogo", disse o treinador em entrevista à ITV.
"Só verificamos por precaução", afirmou. "Não foi tanto o tornozelo, mas o pé. Foi uma entrada ruim, na verdade, mas felizmente saímos sem muitos danos", disse o treinador.
Kane não fez gol contra os iranianos, mas facilitou as jogadas e deu várias assistências para seus companheiros, como Saka, Marcus Rashford e Jude Bellingham, a nova promessa da equipe inglesa.
A Inglaterra conta com uma forte geração de atacantes que poderiam substituir o jogador de 29 anos, mas os números mostram a importância do capitão para o time de Southgate.
Com 51 gols em 76 partidas, o artilheiro marcou 35% dos gols de seu país nas partidas que disputou desde sua estreia em março de 2015.
- Um adversário familiar -
Os Estados Unidos, por sua vez, encaram o confronto como uma forma de superar o empate por 1 a 1 contra o País de Gales, na última segunda-feira (21), e buscar a classificação à próxima fase do torneio.
Com uma organização tática e um jogo dinâmico, os norte-americanos, praticamente todos estreantes em uma Copa do Mundo, desarticularam a seleção galesa ainda no primeiro tempo.
Tim Weah, filho da ex-estrela da Libéria, George Weah, abriu o placar, mas os Estados Unidos não resistiram ao ataque galês na etapa final, que terminou com Gareth Bale empatando de pênalti.
O time de Gregg Berhalter sofrerá uma pressão diferente na sexta-feira contra uma seleção da Inglaterra que tem uma rápida movimentação e troca de passes, além de pontas que oferecem muito perigo.
A seleção norte-americana, no entanto, não deve surpreender com a escalação inicial. Oito de seus jogadores, entre eles o goleiro Matt Turner (Arsenal) e o craque Christian Pulisic (Chelsea), atuam em times ingleses e três até nasceram no país britânico.
Um deles, o jovem Gio Reyna, nasceu em 2002 em Sunderland quando seu pai, o ex-jogador Claudio Reyna, jogava na equipe daquela cidade.
Considerado o maior talento de sua geração, Reyna não disputou a primeira partida de sua seleção, mas deve fazer sua estreia contra a Inglaterra e enfrentar um de seus grandes companheiros de equipe no Borussia Dortmund, Jude Bellingham.
"Ele é definitivamente meu melhor amigo em Dortmund", explicou Reyna. "Obviamente, foi um ano difícil para mim (por conta das lesões), mas ele foi o mais interessado, se certificando de que tudo estava bem", completou.
Uma das dúvidas para a partida é a situação do atacante Jesús Ferreira. O jogador do Dallas perdeu a vaga no ataque para Josh Sargent no último jogo, apesar de ter sido titular na reta final das eliminatórias da Concacaf.
bur-gbv/psr/yr
© Agence France-Presse
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