Alemanha luta pela sobrevivência na Copa contra Espanha, que tenta classificação antecipada
Alemanha e Espanha se enfrentam neste domingo pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo do Catar, no maior clássico da primeira fase, entre dois campeões mundiais que vivem situações opostas.
A 'Roja', animada pela impressionante goleada de 7 a 0 que aplicou na Costa Rica, busca uma vitória contra uma ferida Alemanha, que a colocará no caminho das oitavas de final do Mundial.
A vitória maiúscula em sua estreia no torneio catapultou a Espanha para o primeiro lugar do grupo, empatada em três pontos com o Japão, vice-líder após a surpreendente vitória sobre a Alemanha na quarta-feira.
Uma nova vitória contra os alemães praticamente garantiria a passagem da Espanha à próxima fase. A classificação seria matematicamente garantida se a Costa Rica não conseguir vencer o Japão na outra partida da chave.
"É como jogar uma final porque se vencermos avançamos. O adversário motiva muito", disse o técnico da Espanha, Luis Enrique Martínez, em seu canal de Twitch na quinta-feira.
A Espanha quer evitar ter que disputar um duelo de vida ou morte contra os japoneses na última partida da fase de grupos.
- 'Partida complicada' -
"Queremos vencer e garantir a vaga nas oitavas de final", disse o ala Marco Asensio, que marcou um dos gols contra a Costa Rica, na quinta-feira.
"A Alemanha é uma seleção poderosa e com grandes jogadores. Sabemos que temos um jogo muito difícil porque jogam um futebol muito bom, vão nos colocar em apuros", avisou o jogador do Real Madrid.
A Espanha deu uma aula de futebol na quarta-feira contra a Costa Rica, algo que tentará repetir neste domingo, no estádio Al Bayt, em Al Khor, a cerca de 50 quilômetros de Doha.
Os mais de mil passes dados pelos jogadores espanhóis relembraram o melhor período da seleção nacional quando conquistou as Eurocopas de 2008 e 2012 e o Mundial de 2010 consecutivamente.
Da conquista na África do Sul só sobrou Sergio Busquets, titular absoluto para Luis Enrique, que agora tem os jovens Pedri e Gavi como escudeiros, formando uma linha no meio-campo que provavelmente repetirá contra os alemães.
Busquets é o único 'sobrevivente' do último jogo até hoje em uma Copa do Mundo entre Espanha e Alemanha, quando a Roja venceu os alemães por 1 a 0 nas semifinais na África do Sul-2010, onde acabariam levantando o título mundial.
Mais fresca para os jogadores de Hansi Flick é a memória da humilhante goleada de 6 a 0 contra a Espanha em 2020 pela Liga das Nações em 2020.
Os autores de cinco desses seis gols (Ferran Torres, Dani Olmo, Álvaro Morata) continuam sendo os pilares do ataque da equipe que enfrentará a Alemanha no domingo.
- 'Podemos fazer melhor' -
Os alemães encaram uma verdadeira final para evitar repetir o fracasso de 2018, quando a então atual campeã mundial fez as malas no final da primeira fase, depois de também ter estreado com uma derrota. Naquela ocasião perdeu por 1 a 0 para o México.
"A Alemanha chega com uma necessidade que vai obrigá-la a correr riscos, o objetivo é buscar a vitória e a classificação", alertou Luis Enrique na quinta-feira.
"A fase de eliminação direta já começou para nós", alertou o atacante alemão Thomas Müller após a derrota para o Japão.
"Temos que nos recuperar. Ainda temos chances, mas temos que vencer a Espanha", acrescentou Müller.
A seleção alemã terá que recuperar o poder de fogo que não teve contra o Japão, onde só conseguiu marcar de pênalti, se no domingo quiser superar uma Espanha, cheia de moral, após emplacar sua maior goleada em uma Copa do Mundo.
"Podemos - e devemos - fazer melhor", disse o técnico Hansi Flick após a partida contra o Japão.
A seleção alemã espera recuperar o atacante Leroy Sané, que pôde ser visto treinando na sexta-feira, após perder o jogo contra o Japão devido a um desconforto no joelho direito.
No domingo, não haverá margem de erro para os alemães, que podem entrar em jogo ainda mais pressionados se o Japão somar mais três pontos (contra a Costa Rica) antes de espanhóis e alemães entrarem em campo no Al Bayt Stadium.
gr/psr/aam
© Agence France-Presse
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