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Temporada 2023 do tênis inicia com retorno de Djokovic à Austrália

28/12/2022 12h00

A temporada 2023 do tênis começa nesta quinta-feira (29) na Austrália, onde estarão reunidos os melhores jogadores do mundo, inclusive Novak Djokovic, após ter sido deportado do país no ano passado por não ter se vacinado contra a covid-19.

Pouco mais de um mês depois dos Finals, torneios que tradicionalmente encerram as temporadas, todos os tenistas dos circuitos da WTA e da ATP fizeram as malas rumo à Oceania para a disputa do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano, que começa no dia 16 de janeiro.

Mas a preparação já se inicia na próxima quinta, com a United Cup, torneio misto por equipes entre 18 times formados por atletas do feminino e masculino do mesmo país e que tem uma premiação de U$$ 15 milhões.

A competição - pensada como a Hopman Cup, extinta em 2018 - acontece nas cidades de Brisbane, Perth e Sydney e também acumula pontos na classificação da WTA e da ATP.

Mas além disso, os jogadores também poderão refinar sua preparação em vários torneios organizados na Austrália, Nova Zelândia e até na Índia.

- "Tentar esquecer tudo o que conquistei" -

A United Cup atraiu a atenção da número 1 do mundo, a polonesa Iga Swiatek, e de outros grandes tenistas da atualidade, como o espanhol Rafael Nadal (N.2 ATP), a francesa Caroline Garcia (N.4 WTA), o norueguês Casper Ruud (N.3 ATP) e o grego Stefanos Tsitsipas (N.4 ATP).

Embora o torneio seja novidade, Swiatek o encara com apetite, consciente de que agora é "a jogadora a ser batida".

"É como se tudo tivesse começado do zero (...) vou tentar esquecer tudo o que conquistei em 2022", explicou a polonesa, que dominou o último ano com oito títulos, incluindo dois Grand Slams (Roland Garros e US Open).

Já no circuito masculino, uma das revelações foi Casper Ruud, vice-campeão de Roland Garros e do US Open em 2022, que busca seu primeiro título de Major e o posto de número um do mundo, posição ocupada atualmente pelo espanhol Carlos Alcaraz.

"Se eu posso me tornar o número um do mundo, é de fato em um futuro próximo, se eu fizer uma boa turnê (australiana)", disse Ruud, que começou a temporada com mil pontos a menos que Alcaraz.

Aos 36 anos, Rafael Nadal, campeão de todos os principais torneios ao longo da carreira, já soma 22 títulos de Grand Slam, mas ainda não quer pendurar as raquetes, apesar das dores recorrentes no pé.

"Os últimos meses não foram fáceis para mim. O principal agora é recuperar as sensações positivas na quadra, ser competitivo", garantiu o espanhol nesta quarta-feira (28), rejeitando a ideia de que o Aberto da Austrália de 2023 seria o último de sua carreira.

"Não penso se será minha última vez aqui. Sou feliz fazendo o que faço. Espero continuar fazendo", acrescentou, reconhecendo, no entanto, que "nunca se sabe quando será o último".

- "É bom para o tênis" -

Mas o jogador mais esperado do início da competição é, sem dúvidas, Djokovic, que começará sua preparação no torneio de Adelaide no domingo (31).

O sérvio retorna à Austrália um ano após ter vivido o episódio mais conturbado de sua carreira.

Não imunizado contra a covid-19, o tenista tentou contornar a obrigatoriedade da vacina então vigente na Oceania, o que foi rejeitado pelas autoridades australianas e custou sua expulsão do país após vários dias em um centro de detenção.

Quase um ano depois, o retorno de Djokovic à Austrália parece ter deixado todos contentes.

"É bom para o tênis, bom provavelmente para os torcedores", declarou Nadal.

"Ele será o jogador a ser batido novamente", disse o diretor do Aberto da Austrália, Craig Tiley.

'Djoko' caiu para a quinta posição no ranking da ATP após uma inconstante temporada de 2022, sem passar pela América do Norte, também por não estar vacinação. 

Apesar disso, conquistou cinco títulos, incluindo Wimbledon e o ATP Finals de Turim.

"No passado sempre tive a oportunidade de começar meus anos mais fortemente na Austrália e gosto de jogar lá", relembrou o ex-número um do mundo na última sexta (23).

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© Agence France-Presse