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Teddy Riner treina com lutadores de jiu-jitsu no Rio em preparação para Paris-2024

Teddy Riner treina com lutadores de jiu-jitsu no Rio de Janeiro em preparação para Paris-2024 - MAURO PIMENTEL / AFP
Teddy Riner treina com lutadores de jiu-jitsu no Rio de Janeiro em preparação para Paris-2024 Imagem: MAURO PIMENTEL / AFP

16/02/2023 21h20

O judoca francês Teddy Riner se prepara para tentar o tricampeonato olímpico nos Jogos de Paris 2024 treinando com lutadores brasileiros de jiu-jítsu, mas em ritmo tranquilo porque seu objetivo é voltar ao seu melhor nível após se recuperar de uma dura lesão.

Riner, que está no Rio de Janeiro para uma concentração de dez dias a três meses do Mundial em Doha (de 7 a 14 de maio), diz que aos 33 anos está aprendendo "coisas novas" e gostando de sua disciplina.

No dojo do Flamengo, o dez vezes campeão mundial concentra seu treinamento na luta de chão contra lutadores de jiu-jitsu brasileiro.

Ele faz isso uma semana e meia depois de vencer o Grand Slam de Paris, em sua reaparição após sofrer uma forte entorse no tornozelo direito em agosto, quando estava "em um nível excelente", o que o deixou fora do Mundial de 2022, disputado em outubro, em Tashkent (Uzbequistão).

Seu técnico, Franck Chambily, está confiante de que no Catar seu pupilo estará "em boas condições para enviar uma mensagem" aos rivais, a pouco mais de um ano dos Jogos de Paris.

Pergunta: Como você se sentiu após a lesão?

Resposta: "Em Paris o tornozelo resistiu bem, foi importante para mim enfrentar as adversidades (...) Depois desta lesão havia dúvidas, e foi preciso muito trabalho para voltar a este nível".

"Ainda falta muito para aperfeiçoar antes dos Jogos, ainda tenho uma boa margem de melhora (...) Vamos passo a passo, não estamos colocando nenhuma pressão em nós mesmos. Temos que seguir no nosso tempo".

P: Após sua vitória em Paris, você disse que estava com apenas 70% da capacidade. Você acha que estará 100% para o Mundial de Doha?

R: "Vamos ver, não sou vidente. Se eu puder estar 100%, ou mesmo 90%, eu assino na hora".

Sofrer para "progredir"

P: Por que você veio ao Rio a três meses do Mundial?

R: "No Brasil posso melhorar em dois aspectos: enfrentar adversários difíceis e aprender com o jiu-jitsu brasileiro, que traz muita coisa para lutar em pé e no chão."

P: Quais são as principais lições que você tira desses encontros com expoentes do jiu-jitsu brasileiro?

R: "Eles me permitem progredir, embora saibamos muito bem que eles estão anos-luz à nossa frente em termos de luta no chão (...) Não venho com eles em busca da vitória. Tento ver como se mexem (...) Por isso que estou aqui, sempre aprendo coisas novas que podem me ajudar. E também me divirto, me desfruto. Mesmo no sofrimento encontro um ponto positivo para progredir".

P: Você está no Rio em pleno Carnaval. Vai aproveitar para sentir o clima?

R: "Não sei como vamos fazer em termos de dias de folga, mas é a primeira vez que venho ao Brasil no Carnaval, então se eu puder aproveitar, claro...

O Brasil é o país onde conquistei mais vitórias: dois títulos mundiais (o primeiro, em 2007, e o sexto, em 2013) e um título olímpico (em 2016). Além disso, fui porta-bandeira aqui (nos Jogos Olímpicos Rio-2016). Este é um país que amo, que tem um lugar especial na minha cabeça, no meu coração.