Messi nos EUA: seguindo os passos de Pelé, Henry, Ibrahimovic e Beckham
O argentino Lionel Messi, nova contratação do Inter Miami da Liga Norte-Americana (MLS), é o último de uma longa lista de astros do futebol que escolheram os Estados Unidos para uma aposentadoria de ouro.
Os pioneiros
Pelé, o "Kaiser" Franz Beckenbauer, George Best, Eusébio, Johan Cruyff e Gerd Müller foram algumas das figuras que inovaram em um país com pouca cultura futebolística ao começarem a jogar na North American Soccer League (NASL), a liga antecessora da MLS, fundada em 1968.
Foi em 1975 que o 'Rei' Pelé chegou a Nova York para atuar pelo Cosmos por duas temporadas. O brasileiro conquistou os holofotes daquele campeonato exótico que chegou a vencer em 1977, marcando 66 gols em 107 jogos antes de se aposentar definitivamente diante de 75 mil espectadores no Giants Stadium, em Nova York, em jogo entre o Cosmos e seu ex-clube Santos.
A estrela
Em 2007, a chegada de David Beckham ao Los Angeles Galaxy vindo do Real Madrid deu um grande impulso ao apelo do "soccer" nos Estados Unidos.
A MLS havia sucedido a NASL em 1996, dois anos após a Copa do Mundo dos Estados Unidos, e estava tentando se tornar conhecida atraindo estrelas em fim de carreira, como o colombiano Carlos Valderrama.
O 'Spice Boy' trouxe um toque de glamour a uma liga com pouco reconhecimento internacional. Na Califórnia, o inglês conquistou dois títulos e se tornou a cara da MLS. Uma estátua dele continua a receber os torcedores na entrada do estádio do Galaxy.
O francês
Seguindo os passos de Beckham, o francês Thierry Henry também desembarcou após o fiasco dos 'Bleus' na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. O atacante optou por se instalar na costa leste, no New York Red Bulls, a franquia em que seu ex-companheiro de seleção Youri Djorkaeff já havia jogado (2005-2006).
Henry nunca conquistou um título da MLS em suas quatro temporadas em Nova York, mas seu período na competição deixou boas lembranças para ele e, alguns anos depois, ele voltou como técnico para comandar o CF Montreal.
O acrobata
Zlatan Ibrahimovic fez o mesmo percurso de Beckham e assinou pelo Galaxy em 2018 aos 36 anos, como sucessor do inglês Steven Gerrard (2015-2016) como destaque da franquia.
Como em todos os locais onde já atuou, o sueco não deixou ninguém indiferente com a sua personalidade, os seus chutes e seus gols espetaculares. Após dois anos ele voltou para a Europa para jogar pelo Milan.
Os técnicos
Para competir com o Red Bulls, Nova York recebeu uma nova franquia da MLS em 2015. O New York City FC, criado pelos donos do Manchester City, contou desde o início com dois grandes nomes do futebol europeu: o italiano Andrea Pirlo, campeão mundial de 2006, e o espanhol David Villa, vencedor da Copa do Mundo de 2010 e da Euro-2008, além do meio-campista inglês Frank Lampard.
O francês Patrick Vieira assumiu como técnico da equipe em 2016, mas saiu após duas temporadas.
Outro artista da bola atraído pela MLS foi o brasileiro Kaká. O campeão mundial de 2002 encerrou a carreira lá com três temporadas no Orlando City (2014-2017).
O marfinense Didier Drogba, ex-atacante do Chelsea, assinou contrato com o Montreal Impact em 2015 e depois passou duas temporadas jogando pelo Phoenix Rising em uma liga secundária americana.
O fiel
Para Wayne Rooney, os Estados Unidos se tornaram uma segunda casa. O ícone do futebol inglês, revelado no Everton antes de se destacar no Manchester United (2004-2017), passou pelo DC United (2018-2020) antes de assumir como técnico da franquia de Washington em 2022, após uma passagem como jogador-treinador do Derby County (2019-2022).
kn/gbv/ol/aam/am
© Agence France-Presse
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