Jogadoras da Espanha rejeitam convocação de nova técnica e emitem comunicado
A maioria das campeãs mundiais reafirmou nesta hoje (18) a "vontade de não serem convocadas para a seleção espanhola" de futebol e garantiram que a Federação "não tem condições" de exigir que se apresentem, depois de terem sido convocadas pela nova treinadora, Montse Tomé.
"O que foi manifestado no nosso comunicado [divulgado na última sexta-feira] deixa claro e sem qualquer opção de outra interpretação a nossa firme vontade de não sermos convocadas por motivos justificados. Estas afirmações continuam a ser plenamente válidas", diz a nota publicada nas redes sociais pelas jogadoras.
Na última sexta-feira (15), 39 jogadoras, incluindo 21 das 23 campeãs mundiais, emitiram um comunicado no qual consideravam que não estavam garantidas as condições para a volta à 'La Roja' após o escândalo do beijo forçado do ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, na jogadora Jenni Hermoso.
Nesse comunicado, as jogadoras pediram mudanças em diferentes departamentos da Federação e, desde então, não voltaram a falar em público.
Hoje (18), na estreia como treinadora, Montse Tomé convocou 15 das campeãs, assim como várias outras signatárias do documento, para os jogos da Liga das Nações contra a Suécia, na sexta-feira (22), e contra a Suíça, na próxima semana.
"Nós, como jogadoras profissionais de elite e depois de tudo o que aconteceu hoje, estudaremos as possíveis consequências jurídicas a que a RFEF nos expõe, colocando-nos numa lista da qual havíamos pedido para não sermos chamadas por motivos já explicados publicamente e com mais detalhes à RFEF", afirma o comunicado.
"Nos parece relevante salientar, neste sentido, que a convocação não foi feita em tempo adequado, nos termos do art. 3.2 do Anexo I do Regulamento do Estatuto e Transferência de Jogadores da Fifa, e por isso entendemos que a RFEF não está em condições de exigir que compareçamos", insistem as jogadoras.
Este artigo estipula que a Federação deve avisar com pelo menos 15 dias de antecedência.
"Lamentamos mais uma vez que a nossa Federação nos coloque numa situação que nunca teríamos desejado", concluem as jogadoras.
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