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Ferraresi diz que foi agredido pela polícia em jogo entre Peru e Venezuela

Nahuel Ferraresi, zagueiro da seleção venezuelana e do São Paulo Imagem: Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

22/11/2023 12h21

O zagueiro venezuelano Nahuel Ferraresi, do São Paulo, denunciou que foi agredido por policiais que trabalhavam na segurança do Estádio Nacional de Lima, onde Peru e Venezuela empataram em 1 a 1 na terça-feira (21), pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

"Eles me bateram duas vezes", disse Ferraresi, enquanto mostrava curativos em sua mão direita.

"São coisas que não deveriam acontecer. O jogo acabou e fomos agradecer à torcida da Venezuela [nas arquibancadas]. Salomón Rondón foi dar sua camisa e eu fui atrás dele, quando fui tirar a minha para dar às pessoas, a polícia me parou", declarou o zagueiro ao canal oficial da Federação Venezuelana de Futebol (FVF).

"Teve um homem da polícia que me abordou direito, mas depois os outros se exaltaram, não sei o que aconteceu, e usaram os cassetetes para nos bater. Eles me bateram duas vezes. Chegaram a bater duas vezes e me machucaram um pouco [dois dedos da mão], mas não foi grave", acrescentou.

Vídeos do confronto entre policiais e vários jogadores venezuelanos que tentavam chegar a um grupo de torcedores nas arquibancadas viralizaram nas redes sociais.

A FVF condenou os "atos de discriminação e xenofobia sofridos por nossa equipe, comissão técnica e torcida".

"É muito grave que um dos nossos jogadores tenha sido ferido por um funcionário ao se aproximar dos nossos torcedores para entregar uma camisa, um ato que é absolutamente normal e comum em qualquer jogo de futebol e que não deveria suscitar uma ação policial como a que o nosso jogador sofreu", acrescentou a federação.

Sem fazer referência direta a este caso ou aos incidentes que ocorreram no Maracanã antes do clássico entre Brasil e Argentina, a Conmebol ressaltou em comunicado que "a decisão de abrir uma investigação e a aplicação de possíveis punições" são "poderes exclusivos" da FIFA.

A entidade sul-americana, no entanto, declarou que "condena todas as formas de violência e sempre vai cooperar com ações que visem banir a violência, o racismo, a xenofobia e a discriminação".

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© Agence France-Presse

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