FIA descarta conflito de interesses em torno do diretor da Mercedes

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) considerou que não há conflito de interesses na figura do diretor executivo da equipe Mercedes de Fórmula 1, Toto Wolff, encerrando assim a investigação a este respeito, anunciou nesta quinta-feira (7) a própria FIA.

"Após uma revisão do Código de Conduta e da política de conflito de interesses da Formula One Management [FOM, a empresa que detém os direitos comerciais da F1], e a confirmação que foram implementadas salvaguardas adequadas para atenuar qualquer conflito potencial, a FIA está satisfeita com o fato de o sistema de gestão de conformidade do FOM ser robusto o suficiente para impedir qualquer divulgação não autorizada de informações confidenciais", afirmou a entidade internacional em um comunicado.

"A FIA confirma que não há investigação em andamento em termos de ética ou disciplina envolvendo qualquer indivíduo", disse ele.

Sem mencionar o seu nome nem o da equipe, a FIA anunciou há dias que estava examinando um possível conflito de interesses depois de estar "ciente das especulações da mídia sobre a possibilidade de informações confidenciais terem sido transmitidas ao diretor de uma escuderia da F1 por um membro da equipe da FOM".

De acordo com a mídia Business F1, vários dirigentes de equipes participantes da F1 manifestaram preocupação interna com a possibilidade de que Susie Wolff, diretora geral da F1 Academy - a competição feminina administrada pela FOM - e seu marido, Toto Wolff, diretor da equipe Mercedes pudessem trocar informações que deveriam permanecer confidenciais.

"Refutamos totalmente estas acusações" sobre "a integridade e conformidade do nosso diretor de equipe", reagiu a Mercedes em um comunicado publicado poucas horas após o anúncio da FIA.

Susie Wolff também reagiu na rede social X (antigo Twitter), afirmando que se sentiu "profundamente insultada, mas infelizmente não surpreendida" por estas acusações. Ela também garantiu que a denúncia é "baseada em comportamento intimidador e misógino, e focada no meu estado civil e não nas minhas habilidades".

Na noite de quarta-feira, um dia após o anúncio da investigação da FIA, cada uma das outras nove equipes de F1 apoiou os Wolffs, afirmando em declarações separadas - mas idênticas - "que não haviam transmitido o menor protesto à FIA".

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© Agence France-Presse

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