Manchester City goleia Fluminense (4-0) e conquista o Mundial de Clubes

O Manchester City se sagrou campeão mundial de clubes pela primeira vez em sua história, após derrotar o Fluminense por 4 a 0, em Jidá, na Arábia Saudita, resultado que mantém o título mundial nas mãos de uma equipe europeia pelo décimo primeiro ano consecutivo.

O City encerra assim um ano dos sonhos com cinco títulos em sua galeria.

Um gol do atacante argentino Julián Álvarez quando haviam decorrido apenas 40 segundos de jogo, e os gols contra de Nino (27'), Phil Foden (72') e novamente Álvarez (88') foram suficientes para os 'Citizens' somarem o Mundial de Clubes aos títulos da Liga dos Campeões, da Premier League inglesa, da FA Cup e da Supercopa Europeia, conquistados em 2023 pelo time comandado pelo técnico Pep Guardiola.

"Estou muito feliz, tenho a sensação de que fechamos um capítulo, conquistamos todos os títulos, o trabalho já está feito, está concluído", comemorou Guardiola durante a coletiva de imprensa.

Já o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, destacou a fidelidade de seu time à sua ideia futebolística, apesar da dura goleada sofrida.

"O time foi o Fluminense do começo ao final do ano. A gente pegou o melhor time do mundo nos últimos cinco anos, com muita capacidade de definir", disse o treinador brasileiro aos microfones oficiais no final da partida.

O lateral-esquerdo Marcelo também elogiou sua equipe. "Jogamos de igual para igual, mas infelizmente o resultado não diz o que jogamos. Morremos atirando e era isso que queríamos fazer", disse ele ao canal digital CazéTV. 

- Hegemonia europeia -

Os 'Citizens' mantiveram assim o título mundial para o representante europeu na última edição do torneio no formato em que é disputado ininterruptamente desde 2005, antes da transição em 2025 para uma competição quadrienal com 32 equipes.

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Já Guardiola conquistou um quarto título individual inédito no Mundial de Clubes, com um terceiro time diferente, depois dos conquistados com Barcelona (2009 e 2011) e Bayern de Munique (2013).

Mas se para o treinador espanhol e para o City é um ano histórico, o seu atacante argentino Julián Álvarez é o único membro do City que também pode se orgulhar de ter vencido o Mundial do Catar, em dezembro de 2022.

Álvarez, que havia sido reserva na semifinal contra o japonês Urawa Reds e que vinha com uma pequena sequência negativa na frente do gol, aproveitou a ausência do lesionado Erling Haaland para mostrar seu valor.

Um bola mal afastada por Marcelo chegou ao holandês Nathan Aké, cujo chute de longa distância com o pé esquerdo acertou a trave, e o argentino de 23 anos, atento, se lançou para finalizar de peito e abrir o placar superando o goleiro Fábio, já batido.

Foi o gol mais rápido da história das finais do Mundial de Clubes.

A equipe de Fernando Diniz, talvez um tanto impressionada pela importância da partida e pela força do adversário, viu como o City os impedia de jogar seu futebol e lutava para passar do meio de campo no gramado do estádio King Abdullah Sports City, que com 52 mil espectadores em suas arquibancadas, apresentou uma aparência mais consistente do que a mostrada nas partidas anteriores do torneio.

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Um chute de longa distância de Keno (12') e uma cabeçada perigosa do colombiano Arias (40') bem defendida pelo goleiro Ederson, foram as melhores chances do Flu no primeiro tempo.

O domínio da equipe inglesa se consolidou aos 27 minutos, quando o zagueiro brasileiro Nino desviou para o próprio gol um chute cruzado e rasteiro de Phil Foden, que pouco antes havia recebido um ótimo passe de Rodri.

- Álvarez brilha -

Quatro minutos depois haveria uma pausa para os jogadores se refrescarem em meio a uma temperatura de 28º e da elevada humidade que envolvia a noite de inverno saudita. Mas esse intervalo tampouco serviu para mudar a tônica do jogo.

O chute de Arias foi seguido de um disparo envenenado de Grealish, ao qual respondeu bem o veterano Fábio, que aos 43 anos se tornou o jogador  mais velho a participar de uma final de Mundial de Clubes. 

John Kennedy, que entrou no intervalo no lugar de Keno, não foi nesta ocasião o jogador decisivo que havia sido na final da Libertadores ou na semifinal contra o Al-Ahly.

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Phil Foden, aproveitando um cruzamento de Julián Álvarez, encaminhou a vitória já na reta final (72'), antes de Álvarez sacramentar (88'), com um chute cruzado dentro da área, levando os 'Sky Blues' para o céu, e deixando o Fluminense e o futebol sul-americano, sem o título que persegue desde que o Corinthians o conquistou em 2012.

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© Agence France-Presse

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