O Paris Saint-Germain apresentou um recurso contra a decisão da Liga de Futebol Profissional (LFP) da França de dar razão ao atacante Kylian Mbappé, que pede 55 milhões de euros (R$ 336 milhões na cotação atual) de seu ex-clube por salários e bônus não pagos.
"Em princípio, o PSG apresentou um recurso contra a decisão da comissão da LFP, apesar de seu efeito limitado. De fato, a posição do PSG é mais do que uma posição jurídica bem fundamentada", apontou o clube em comunicado.
Mbappé, agora jogador do Real Madrid, havia recorrido à comissão jurídica da LFP, que se reuniu na semana passada com representantes das duas partes.
A comissão inicialmente ofereceu uma mediação, mas diante da recusa do jogador, optou por pedir ao PSG o pagamento dos 55 milhões de euros.
A quantia incluiria a última das três parcelas referentes a luvas por assinar com o clube (36 milhões de euros brutos, R$ 220 milhões), bem como os últimos três meses de salário previstos em seu contrato (abril, maio e junho), além de um "bônus ético" sobre esses três meses.
Segundo o PSG, o jogador não respeitou um acordo verbal que teria sido selado em agosto de 2023, no qual Mbappé teria aberto mão dos bônus depois de ter sido afastado da equipe durante um mês.
Os representantes de Mbappé consideram, segundo o jornal esportivo L'Équipe, que esse acordo do ano passado não tem validade por não ter sido assinado.
Já o PSG defende que foi um acordo verbal selado diante de várias testemunhas e que o próprio atacante teria se referido ao mesmo em declarações à imprensa no dia 3 de janeiro, o que ratificaria seu valor jurídico.
Contactado pela AFP, o entorno de Mbappé não se pronunciou sobre o recurso do clube.
"Uma relação contratual existe entre as partes, este ponto é indiscutível e inapelável. O que se discute e será determinado por um tribunal apropriado é que o contrato original foi legalmente modificado e plenamente respeitado pelo jogador e o PSG até que o jogador decidiu contradizer todos os seus compromissos deixando o clube", afirma o PSG em seu longo comunicado.
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