Criador do UFC, Rorion Gracie aprova venda do torneio
Após criar o UFC em 1993, Rorion Gracie acabou vendendo a organização para Dana White e os irmãos Fertitta por 2 milhões de dólares em 2001. E agora, quinze anos depois, ao ver o torneio sendo vendido por 4 bilhões de dólares (cerca de R$ 13 bilhões) para a empresa americana WME-IMG, o brasileiro garante que está feliz pelos ‘ex-donos’.
Em conversa com o site ‘MMA Fighting’, Rorion analisou o negócio e afirmou que Dana e os Fertitta acertaram na decisão de vender a organização. Na opinião do veterano, os mandatários conseguiram transformar a pequena empresa no maior torneio de MMA do mundo e agora estão colhendo os fruto desse trabalho.
“Eles fizeram a coisa certa. Eles venderam o negócio e ainda vão continuar ganhando dinheiro. A intenção deles era fazer dinheiro e eles conseguiram. Eles curtiram o negócio por um bom tempo e tomaram a decisão de vendê-lo. Temos que respeitar essa decisão. Se estivesse no lugar deles, provavelmente teria feito o mesmo. Eles pegaram o meu revolucionário conceito para o UFC de uma empresa relativamente pequena, investiram muito dinheiro, fizeram um grande marketing e agora estão colhendo os frutos de uma venda de 4 bilhões de dólares”, declarou, antes de fazer uma comparação para mostrar como se sente com relação ao Ultimate.
“O meu sentimento é de que eu tinha um filho, eles o adotaram, mandaram ele para estudar em Harvard e agora o meu filho controla Wall Street. É muito bom ter uma ideia e ver ela dar frutos”, afirmou.
Aos 64 anos de idade, Rorion Gracie é o filho mais velho de Hélio Gracie e uma das poucas pessoas no mundo a ter a faixa vermelha no jiu-jitsu. Criador do UFC, o veterano contou como surgiu a ideia do torneio.
“Quando eu cheguei nos EUA em 1978, o meu sonho era compartilhar os incríveis benefícios do nosso jiu-jitsu. Eu passei dez anos dando aulas na minha garagem e encarei centenas de desafios de representantes de outras artes marciais, sem nunca perder um combate. Então, um dia percebi que aquilo nunca acabaria se eu não saísse da minha garagem. Foi aí que decidi que tinha chegado a hora de tornar aquilo maior e ir para a televisão. Quando eu inventei o UFC a minha intenção era criar um sistema para comparar os diferentes estilos de artes marciais e poder mostrar para um grande público qual era a forma mais efetiva de combate. E o jiu-jitsu provou, sem nenhuma dúvida, ser a melhor arte marcial”, finalizou.
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